O casal dono da empresa, R.F.B., de 38 anos de idade, e F.R.F., de 26 anos de idade, foi preso em um apartamento no bairro Despraiado, na Capital, sendo identificado nas investigações da Delegacia do Consumidor mais de 40 vítimas da serralheria que os investigados mantinham na Avenida Governador Dante Martins de Oliveira, no bairro Carumbé.
As investigações apontam que o casal se apropriava dos valores pagos pelos consumidores para a confecção, entrega e instalação de portas, portões, janelas e até de uma prateleira e de um pergolado residencial, além de outros objetos de ferro, deixando de entregar, total ou parcialmente, os produtos e serviços contratados.
Quando os clientes insistiam em cobrar a entrega dos produtos e serviços pelos quais haviam pago, o casal os tratava com mentiras, ofensas, ameaças e até agressões físicas. A proprietária do estabelecimento usava com frequência de deboche do consumidor e da Justiça dizendo para os clientes procurarem os seus direitos pois “não daria em nada”, como das vezes anteriores.
Ameaças a servidores públicos
Policiais e até mesmo um promotor de justiça, que adquiriu um pergolado de metal para a construção de sua residência, foram coagidos pela suspeita com a ameaça de os denunciar nas corregedorias dos seus órgãos, caso continuassem cobrando a entrega dos produtos e serviços.
A investigada chegou a registrar boletins de ocorrência na Polícia Civil contra o promotor de Justiça e contra os policiais civis da Delegacia do Consumidor, que procuravam o casal para os intimar para interrogatório.
As vítimas do casal e de empresas ou de prestadores de serviços que não entregam produtos e serviços de serralheria, marcenaria, vidraçaria, marmoraria ou outros ligados à construção civil e à mobília de imóveis podem procurar a Delegacia do Consumidor, localizada no antigo CISC Planalto, Av. Gov. Dante Martins de Oliveira, no Bairro Carumbé, de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial, para registrar boletim de ocorrência comunicando os fatos.
Metal Force
O nome da operação foi escolhido a partir do nome fantasia da empresa de serralheria que o casal mantinha no bairro Carumbé e visa facilitar a identificação de novas vítimas dos suspeitos.