Várzea Grande inicia atendimento especializado voltado às vítimas de Violência Sexual

O Núcleo já possui protocolo específico para o atendimento a criança e ao adolescente

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Implantado no mesmo prédio do Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento de Várzea Grande (SAE/CTA), o Núcleo de Atendimento à Vítimas de Violência Sexual (N.A.V.V.S) já está prestando atendimento a população alvo. Além do atendimento médico e ambulatorial, o serviço oferece também suporte psicológico e social à vítima. Através deste acompanhamento serão garantidos todos os exames e profilaxias necessárias para evitar qualquer dano físico a essa vítima, também será garantido o acompanhamento terapêutico e psicológico, a fim de minimizar as consequências psíquicas decorrentes das situações de violência sexual em vítimas em fase de desenvolvimento como crianças e adolescentes.

Na última quarta-feira, 08, foi lançado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT), em parceria com a Polícia Civil e a Prefeitura de Várzea Grande, o protocolo e fluxos de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.  O evento que aconteceu no Auditório do Bloco C do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG) tem por objetivo o engajamento e fortalecimento da Rede Protege em Várzea Grande, crianças e adolescentes passarão a ser o foco da atuação, e serão acolhidos pelo  Núcleo de Atendimento se caso  forem vitimizados  por  violência sexual.O Núcleo atenderá toda a população vítima de violência sexual, porém com protocolo de atendimento definido em especial as crianças e adolescentes.

Além do lançamento da cartilha, o evento incluiu apresentação cultural das crianças atendidas pela Associação Caminhando Para Mais um Sonho (Acamis), divulgação dos caminhos percorridos pela Rede Protege e a palestra “Reflexões e Novas Práticas para o Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes”, ministrada pela professora doutora Maria Lucia Pinto Lesal, da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo o coordenador  do programa ,João Paulo Alcântara Ortega o protocolo é recomendado que a vítima seja acompanhada pela equipe multidisciplinar por um período de 6 meses até o fim da investigação sorológica.

“Já estamos iniciando o processo de atendimento em forma de ‘piloto’, esses pacientes já começam a ser encaminhados ao nosso Núcleo. O protocolo já está em processo de finalização e logo será lançado pela Secretaria Municipal de Saúde”, afirma o coordenador.

Segundo o protocolo lançado e voltado à crianças e adolescentes, o atendimento as vítimas de violência ou crimes sexuais, serão realizados por equipes de psicólogos e assistentes sociais, que elaboram relatórios psicossociais que subsidiam a apuração do inquérito policial.

O secretario de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, disse que a implantação do NAVVS representa um grande avanço para o município na questão do cuidar e proteger, é a recuperação física e psicológica dessas vítimas. “Antes não havia uma uniformização dos atendimentos e cada caso era tratado de uma maneira. Com o fluxo, fica estabelecido um procedimento padrão, com os caminhos a serem percorridos”, argumentou. Ele destacou ainda que a criação do NAVVS é a mudança de paradigmas. “Mais importante do que prender o criminoso, é darmos o tratamento adequado à vítima, pois a violência sexual causa danos psicológicos para toda a vida de qualquer pessoa e consequentemente outros problemas de saúde”, acrescentou.

A unidade referência  para o atendimento das vítimas acolhidas pelo NAVVS será o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSM-VG). Onde a pessoa será acolhida e atendida por equipe multiprofissional, seguindo fluxograma ágil e resoluto. Após avaliação médica com especialistas de acordo com a necessidade, serão realizados exames laboratoriais e oferecido profilaxias para DST/ HIV, hepatite B e anticoncepção emergencial. Sequencialmente o atendimento  é realizado no ambulatório, também com equipe multiprofissional (infectologista, ginecologista, proctologista, enfermeira, assistente social e psicóloga) e tem duração de no mínimo seis meses.

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