Penas aplicadas a casal de amantes que matou mecânico totalizam 45 anos

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PM acusado: descaso e frieza

Denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o casal de amantes Lígia Bernardes Pires e Geraldo Magela Caetano Ferreira foi condenado, cada um, a 26 anos e a 19 anos de reclusão, respectivamente. A vítima, Edmilson Ferreira da Silva, atuava como mecânico e convivia maritalmente com a ré Lígia Bernardes Pires há aproximadamente dois anos. O júri ocorreu na cidade de Rondonópolis, na quarta-feira (17), e durou 12 horas.

A promotora de Justiça substituta que atuou em plenário, Ana Flávia de Assis Ribeiro, informou que não irá recorrer da sentença. Segundo ela, os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público de que o crime, ocorrido no dia 05 de março de 2021, em uma residência localizada na Rua Pires de Andrade, em Rondonópolis, foi cometido por motivo torpe. Ela explicou que no dia e local dos fatos, os réus mataram a vítima e, em seguida, ocultaram seu cadáver. Ato contínuo, esvaziaram a residência, colocando todos os móveis em um caminhão de mudança e se evadiram para o estado de Goiás.

Consta na denúncia do MPMT que a ré era bastante agressiva e que o relacionamento com a vítima era conturbado. Além disso, mantinha um caso extraconjugal com o réu Geraldo Magela Caetano Ferreira. Provas obtidas durante a investigação demonstram que a denunciada simulava que teria sido agredida e que estaria recebendo ameaças de morte com intuito de convencer o amante a aderir ao plano de tirar a vida de seu companheiro.

O casal está preso no estado de Goiás e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

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