Colegas de trabalho de Karla Mariana Alves Correia, 28, morta em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), na última quarta-feira (4), criaram uma vaquinha virtual para ajudar a custear o sepultamento da vítima. Nesta quinta (5), um suspeito do crime foi preso em flagrante pela Polícia Civil.
Karla trabalhava em uma loja de móveis, que conseguiu providencial a parte do funeral. Mas, a família não tem um terreno para o sepultamento. De forma emergencial, eles conseguiram uma gaveta provisória.
Por isso, colegas de trabalho criaram uma vaquinha, com teto de R$ 12 mil, para ajudar na compra de outra gaveta.
“Perdemos uma colaboradora de forma trágica e cruel. Uma pessoa muito boa que nos ajudava muito na loja. Essa moça é de família muito humilde”, disse mensagem que circula nos aplicativos.
A vaquinha pode ser acessada aqui.
Um suspeito de 33 anos foi preso pelo crime. No dia em que o corpo da vítima foi encontrado, a mãe de Karla contou aos investigadores que falou com a filha pela última vez na noite de terça-feira (3). Ela relatou que estava no bar, por volta das 22h, com amigos.
Com base no relato, os investigadores da Delegacia de Homicídios (DHPP) conseguiram chegar até as pessoas citadas. Elas foram ouvidas, mas um dos homens apresentou contradições no depoimento. Os policiais já tinham em mãos imagens que mostravam o percurso da vítima com o suspeito.
Ele narrou que teria deixado a vítima perto de um viaduto na avenida Presidente Médici, mas câmeras registraram ele seguindo com Karla pela rua Rosa Bororo, sentido local do crime. Diante das evidências, ele recebeu voz de prisão.
No primeiro momento, a vítima não tinha sido identificada. Com a área isolada, investigadores da Polícia Civil fizeram uma busca pelo local e encontraram, do lado oposto de onde o corpo estava, uma moto Suzuki, bem como luvas e um capacete rosa.
Diante dos indícios, as buscas continuaram. Não demorou muito para a equipe encontrar um moletom azul escuro com vestígios de sangue, além de uma mochila, com objetos pessoais da vítima e os documentos. Além disso, havia ainda um par de tênis e uma calcinha.
Vale ressaltar que a vítima foi encontrada com a calça jeans aberta e sem a roupa íntima. Ao que tudo indica, Karla foi morta no local e o corpo deixado em outro ponto da via, cerca de 120 metros. Um pedaço de couro foi apreendido no local, que pode ter sido usado para asfixiá-la. Ela tinha uma lesão no queixo.
Peritos ainda afirmaram que recolheram material genético para saber se a vítima foi estuprada antes de ser morta. Caso segue em andamento.