Motoristas do transporte público da Grande Cuiabá cumprem liminar e 100% da frota de ônibus roda pelas cidades nas primeiras horas desta sexta (14). Antes da decisão, a intenção da categoria era a de manter apenas 50% da prestação do serviço, em apoio a outros trabalhadores que declararam participação ao ato chamado de “Greve Geral”, contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que é realizado em diversos municípios do país.
“Estamos obedecendo a liminar. Ela determina que 90% da frota rode em horário de pico e 70% em horário normal. Mas nós estamos operando com 100%, e no horário marcado para o protesto (14h), os motoristas que trabalharam de manhã irão ajudar da mobilização. Enfim, não vai haver impacto”, pontua o presidente.
Nos pontos de ônibus, no entanto, muitos usuários e promotores da MTU afirma que os motoristas seguem o ritmo de trabalho visto aos sábados: “menos ônibus e mais demorados”.
A liminar para a manutenção de quase totalidade da circulação foi dada pela presidente do TRT, desembargadora Eliney Veloso, que atendeu parcialmente os pedidos feitos pela Prefeitura de Cuiabá contra os sindicatos dos trabalhadores do transporte.
Até então, algumas das categorias que estão paralisadas são ligadas ao funcionalismo público, como os servidores do Detran, Sema, Seduc, UFMT e IFMT.
O Sindicato dos Investigadores de Polícia e o Sindicato dos Escrivães vão decidir se apoiam o movimento na tarde de hoje – próximo ao mesmo horário em que ocorre o protesto na Capital. Eles convocaram seus profissionais para assembleia extraordinária às 13h. Um dos assuntos é a Reforma da Previdência.
Os motoristas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande decidiram aderir à greve geral programada pelas centrais sindicais brasileiras para esta sexta-feira (14) em todo o país. A previsão é de que a frota fique reduzida em 50% durante todo o dia, nas duas cidades. Veja abaixo categorias que estão mobilizadas.
A manifestação tem como motivação a luta contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em Cuiabá, a concentração do movimento grevista está marcada para a Praça Ipiranga, região central.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sinstrobac), representação sindical dos motoristas, categoria estará parcialmente paralisada, com apenas 50% frota em atuação em apoio ao movimento, que conta também com a adesão dos professores, trabalhadores nas indústrias, servidores públicos e diversos outros ramos de atividades.
O presidente da entidade, Ledevino da Conceição, justifica o apoio e participação da categoria no movimento grevista e afirma que na visão dos sindicalistas a reforma traz mudanças que dificultarão ao trabalhador o acesso à aposentadoria.
“Estamos participando da organização e buscando mobilizar o maior número possível de trabalhadores para esse dia de protesto contra a retirada de nossos direitos, principalmente contra as ameaças contidas no projeto de reforma da previdência, que do jeito que está irá dificultar em muito o acesso à aposentadoria, direito sagrado do trabalhador brasileiro. Por isso, nossa categoria irá cruzar os braços em protesto contra essa situação”.
Na segunda (10), os motoristas realizaram uma paralisação durante toda a manhã e parte da tarde por atraso no pagamento dos salários. A circulação dos ônibus foi normalizada após as empresas se comprometerem a realizar o pagamento na quarta-feira (12) – o que foi cumprido.
Outras categorias
Além do transporte, categorias da educação, movimentos estudantis, do funcionalismo público, do setor financeiro e setores da sociedade civil participam do ato.
O Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), composto por mais de 35 entidades nacionais, reforçou a orientação para que suas entidades mobilizem e se engajem ao movimento.
Além do Sintep, docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, em assembleia geral, aderir às paralisações e manifestações convocadas pelas centrais sindicais.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (SEEB-MT), em Assembleia Geral, aprovou, na segunda-feira (10), a participação da categoria.
Já o Sindicato dos Investigadores de Polícia e o Sindicato dos Escrivães vão decidir se apoiam o movimento na tarde de sexta – próximo ao mesmo horário em que ocorre o protesto na Capital. Eles convocaram seus profissionais para assembleia extraordinária às 13h. Um dos assuntos é a Reforma da Previdência.
Confira os sindicatos e associações que confirmaram adesão até o momento:
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat)
Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (DCE/UFMT)
Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso
Bancários e do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (Seeb-MT)
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect)
Sindicato dos Profissionais de Tributação, Arrecadação e Fiscalização do Estado de Mato Grosso (Siprotaf)
Sindicato dos Profissionais do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig)
Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Mato Grosso (Sinetran)
Sindicato dos Servidores Públicos da Carreira dos Profissionais do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sintema)
Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de MT (Sisma)
Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Mato Grosso (Sindes)
Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep)
Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de MT (Sintesmat)
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac)
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Sindical MT (Adunemat)