Juíza mantém prisão e diretores e PMs após audiência de custódia

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A juíza Ana Cristina Silva Mendes, em audiência de custódia realizada na tarde desta terça-feira (18), manteve a prisão preventiva dos cinco alvos da “Operação Assepsia”, deflagrada pela Polícia Civil hoje de manhã. Na oportunidade, foram presos: o diretor da Penitenciária Central do estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, o subdiretor da unidade, Reginaldo Alves dos Santos, e os policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior. Todos eles são suspeitos de facilitar a entrada de aparelhos celulares na unidade.

Dois detentos da Penitenciária Central do Estado, que tiveram ordem de prisão expedida pela juíza da 7ª Vara Criminal, não precisaram passar pela custódia.

Em sua decisão, a magistrada determinou que Revétrio e Reginaldo sejam encaminhados à Central de Custódia da Capital (CCC). Cleber, por sua vez, será transferido para o Terceiro Batalhão de Polícia Militar. Já os outros dois policiais militares, Ricardo e Denizel, ficarão detidos na sede do BOPE (Batalhão de Operações Especiais).

A operação foi deflagrada após investigação realizada pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), que apurava a entrada de aparelhos celulares na PCE. No dia 6 de junho, agentes encontraram 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido, todos escondidos na porta de um freezer. As investigações da GCCO apontam que não havia nenhum registro acerca da entrada e da entrega do equipamento.

Além dos servidores públicos, a Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão contra líderes de uma facção criminosa. Todas as ordens judiciais, 15 no total, foram emitidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A equipe do GCCO então convocou os agentes penitenciários à sede para que fossem questionados sobre os fatos. No mesmo dia, as imagens do circuito interno foram apreendidas e analisadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Para chegar aos responsáveis, os policiais da GCCO combinaram os depoimentos colhidos, as imagens das câmeras de segurança e conteúdo dos celulares apreendidos.

As investigações apontaram também que, no dia da entrega do freezer, duas horas antes de sua interceptação, os cinco servidores presos se reuniram a portas fechadas com o líder de uma organização criminosa. A reunião foi registrada pelas câmeras de monitoramento eletrônico.

Os policiais da GCCO também concluíram que o veículo utilizado para transporte do freezer pertencia a outro detento da PCE, também apontado por ser uma das lideranças da mesma facção.

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