O presidente dos Correios, general Juarez Cunha, anunciou nesta quarta-feira (19) que vai se afastar do cargo.
“Hoje me afasto dos Correios. Foram 7 meses de alegria, obtivemos excelentes resultados, conduzimos a recuperação da Empresa e fizemos grandes amigos. Saldo muito positivo e a certeza que vocês continuarão no cumprimento da missão. Um abraço a todos!”, afirmou Cunha em uma rede social.
A saída de Juarez Cunha já era esperada. Na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro havia decidido demitir o presidente da estatal. Segundo Bolsonaro, o militar se comportou como “sindicalista” e se manifestou contrário à privatização da estatal, avalizada pelo presidente da República.
Na segunda-feira, no entanto, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente ainda não havia decidido o momento adequado para efetuar a troca no comando dos Correios.
Juarez Cunha entrou na mira de Bolsonaro ao se manifestar publicamente contrário à privatização dos Correios. Em abril, durante o feriado de Páscoa, ele escreveu em uma rede social que tinha “argumentos” para demonstrar por que é importante para o país manter a empresa sob a administração do Estado, inclusive, citando casos malsucedidos de privatização de empresas de correios ao redor do mundo.
Egresso das Forças Armadas, Juarez Cunha não foi indicado para a presidência da estatal por Bolsonaro. O general assumiu o comando da empresa pública em novembro do ano passado, nomeado pelo então presidente da República, Michel Temer. Na troca de governo, Juarez Cunha foi mantido no cargo.
Juarez Cunha, presidente dos Correios, em evento no dia 12 de abril — Foto: Reprodução