Gazeta Esportiva
O São Paulo recusou uma proposta milionária por Antony. Destaque do Tricolor no Campeonato Paulista, assumindo o protagonismo na fase final da competição, o jovem atacante gerou interesse de alguns clubes do exterior, no entanto, nem 20 milhões de euros (R$ 85 milhões) foram suficientes para mudar os planos do clube do Morumbi de mantê-lo ao menos até o fim da atual temporada. A multa do camisa 39 é de 50 milhões de euros (R$ 213 milhões).
Ciente de que o quarteto formado por Luan, Antony, Igor Gomes e Liziero seria alvo de propostas, a diretoria do São Paulo traçou como meta segurar esses jogadores pelo menos até dezembro, indo em contramão daquilo que o clube se acostumou a fazer nos últimos anos, vide David Neres, Luiz Araújo, entre outros.
Nesta terça-feira, em entrevista coletiva para a apresentação de Raniel, o gerente de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro, revelou que o clube recusou uma proposta de 20 milhões de euros por Antony, reafirmando o compromisso da diretoria com a parte esportiva.
“No ano passado, no meio do ano, antes de ele [Antony] subir, renovamos o contrato dele, em seguida trouxemos ele para cá para se ambientar. Esse ano a gente vê como um acerto gigantesco a ida do Antony à Copa São Paulo de Futebol Júnior. Ali ele se destacou, ganhou protagonismo, deu total confiança para ele voltar [ao profissional]. O grande argumento que temos para os meninos é mostrar para eles o caminho que existe. Anos atrás era difícil mostrar para o menino que ele podia jogar no São Paulo. Hoje, eles veem isso como uma oportunidade gigantesca”, disse Pássaro.
O São Paulo vem passando por problemas financeiros nos últimos meses. Parte dos direitos de imagem de alguns atletas ainda estão atrasados, e o orçamento previsto pelo clube para esta temporada teve de ser readequado após as eliminações precoces na Copa Libertadores e na Copa do Brasil, episódios que pesaram bastante no bolso do Tricolor.
Neste ano, o São Paulo desembolsou quantias milionárias para trazer nomes tarimbados ao elenco, como Pablo (R$ 25 milhões), Hernanes (R$ 13 milhões) e Tchê Tchê (R$ 22 milhões), sem contar a vinda de Raniel, que custou R$ 13 milhões, mas foi bancada por um intermediário, que será ressarcido posteriormente. A conta chegou, e a diretoria sabe que o problema seria resolvido facilmente com a venda de algumas das jovens promessas, mas ao mesmo tempo também entende que o fluxo de caixa será reequilibrado futuramente com negociações de nomes menos importantes.