Mato Grosso tem aumento de 1.600% nos pedidos de refugiados em 12 anos

0

Jornal Oeste

Mato Grosso teve um aumento de 1.600% do deferimento das solicitações do reconhecimento da situação de refugiado em 12 anos. Enquanto em 2006 foram aceitos 4 pedidos do gênero, em 2018 foram 68 deferidos, o que representa um aumento de 1.600%. Os dados constam no relatório Refúgio em Números, do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a Convenção de 1951, são refugiados pessoas que saem do seu país por temor de perseguição política, de raça, religião ou também por violência generalizada e violação massiva de direitos humanos. Após ter o pedido deferido pelo Conare, o refugiado passa a ter direito de permanecer no país, trabalhar, ter documentos como carteira de trabalho e CPF e, após 4 anos, ser naturalizado brasileiro.

Segundo o relatório, de 1997 a 2013, em Mato Grosso apenas 6 pedidos de refugiados foram aceitos, sendo 4 de iranianos em 2006, um de um cubano em 2007 e o último em 2011 de um afegão. Apenas em 2017 residentes no estado voltaram a ter esses pedidos deferidos, com o caso de um sudanês.

Em 2018, no estado foram registrados 680 pedidos para o reconhecimento de refugiados nos municípios de Cuiabá, Cáceres (225 km a Oeste da Capital), Rondonópolis (212 km ao Sul) e Sinop (500 km ao Norte). Foram deferidos, mas nem todos solicitados em 2018, 68 pedidos, sendo 39 em Cuiabá, 3 em Cáceres, 19 em Rondonópolis e 7 em Sinop.

Dos 68 pedidos aceitos pelo Conare, 38 foram de haitianos. Também foram deferidos pedidos de cidadãos de Cuba, Venezuela, República Dominicana, Iêmen, Senegal, Chile, Sudão, Irã, Tunísia e Equador.

Em 2019, de janeiro a março, já foram pedidos junto à Polícia Federal em Mato Grosso 118 solicitações de reconhecimento para refugiados. Destes, 97 foram de haitianos, mas também foram recebidos 6 solicitações de venezuelanos e 12 de cubanos, além de pessoas de outras nacionalidades.

No Brasil, até dezembro de 2018, mais de 11 mil pessoas já haviam sido reconhecidas como refugiadas, sendo que 72% deles eram homens.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here