O governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), esteve na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (5), onde se reuniu com 17 dos 24 deputados estaduais, para mostrar um relatório da situação financeira de Mato Grosso. Conforme Mendes, o estado vai começar 2019 com um deficit de R$ 1,8 bilhão.
“Viemos dialogar com os deputados, mostrar aquilo que estamos planejando para 2019, para que possamos ajudar Mato Grosso a sair dessa profunda e gravíssima crise financeira. O Estado que deve pra Deus e todo mundo, não consegue honrar seus compromissos. Na Saúde, existe um caos. Os hospitais fechando, salários atrasados, praticamente todos fornecedores sem receber, o Estado deve R$ 160 milhões para os municípios nesta área. Uma duríssima realidade financeira”, afirmou.
Dentre as medidas que estão sendo analisadas está o possível corte de 24 para 15 secretarias e a redução de 20 empresas públicas. Segundo o futuro governador, essas são medidas necessárias para equilibrar as finanças e o Estado voltar a ter condições de investimentos.
Além disso, a equipe técnica trabalha para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja planejada com cautela, respeitando o fluxo de receitas e despesas. Mauro Mendes falou de controle de gastos, mas assegurou que haverá esforço do governo para cumprir compromissos como folha de pagamento, RGA e outros, previstos em lei.
A proposta orçamentária para 2019, que tinha sido elaborada pelo atual governo e enviada à Assembleia Legislativa, estimava uma receita total de R$ 19,7 bilhões, que corresponde a quase R$ 1 bilhão a menos que o orçamento de 2018, que foi de R$ 20,3 bilhões.
Como justificativa para a redução, o governo citou no documento o momento de crise econômica e política.