CGU, PF e MPF combatem desvios em obras de Confresa e Serra Nova Dourada

Segunda fase da Operação Tapiraguaia busca desarticular fraudes em licitações e na construção de pontes, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e escola

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Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quinta-feira (22), em Mato Grosso, da Operação Tapiraguaia – 2ª Fase. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é desarticular esquema de fraudes e desvio de recursos em contratos de infraestrutura nas Prefeituras de Confresa e de Serra Nova Dourada. Haverá entrevista coletiva à imprensa às 10h para divulgação de detalhes sobre a operação.

Por meio da análise do material apreendido na primeira fase da Operação Tapiraguaia, deflagrada em janeiro deste ano, verificou-se a presença de organização criminosa, envolvendo empresários e agentes públicos, criada para obter favorecimento ilícito em licitações e na execução de obras de pontes, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e escola em Confresa; e na construção de pontes em Serra Nova Dourada.

As obras somam de R$ 17,7 milhões. Apenas em Confresa, o trabalho de fiscalização da CGU já conseguiu identificar prejuízo potencial de R$ 1.688.389,31.

Além disso, foi constatado que as empresas envolvidas realizaram várias transações bancárias, no valor de aproximadamente R$ 90 mil, para assessores de ex-Deputado Federal de Mato Grosso e para empresas de assessores do parlamentar, próximas aos recebimentos de pagamentos das Prefeituras.

A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União, mantém um canal para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre a Operação Tapiraguaia – 2ª Fase pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode se anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.

Prejuízo social

O desvio de recursos públicos em obra escolar atinge diretamente os alunos, podendo gerar consequências como aumento da evasão escolar e redução da qualidade do ensino. No caso da UPA, os cidadãos deixam de obter tratamentos de saúde mínimo, aumentando os riscos de vida. Já a ausência ou a construção malfeita de pontes prejudica as condições de trafegabilidade para toda uma população.

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