Os funcionários dos Correios suspenderam a greve iniciada no último dia 10 em todo o País. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na noite desta terça-feira (17)
Segundo as entidades sindicais que representam a categoria, os trabalhadores aceitaram a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de prorrogação do atual acordo coletivo até o dia 2 de outubro, quando será julgado o dissídio coletivo pelo colegiado do tribunal.
Em Mato Grosso, cerca de 600 mil correspondências deixaram de ser entregues somente no primeiro dia de greve. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT), a principal reivindicação do movimento nacional é tentar barrar a privatização dos Correios.
A entidade alega que inúmeros trabalhadores podem perder o emprego com a medida do Governo Federal.
Outra pauta da greve é o reajuste salarial, que ocorre todo ano. Segundo o Sintect-MT, a proposta da empresa é aumentar em 0,8% o salário dos servidores. No entanto, iria retirar benefícios como vale-alimentação e a inclusão de pai e mãe no plano de saúde.
A categoria também exige a realização de concurso público, que não é realizado desde 2011.
Negociação e mutirão
Por meio de nota, a empresa dos Correios informou que ingressou com ação de dissídio junto ao TST após dois meses de negociações com os trabalhadores. A empresa afirma que “as federações reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do País”.
Os Correios apontam que, desde o início da greve, foi colocado em prática um plano de continuidade nas unidades, a fim de mitigar os prejuízos à sociedade, como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana a fim de regularizar o fluxo postal.
Conforme a empresa, as ações contingenciais continuarão a ser empregadas até que as entregas sejam normalizadas.