O suspeito de assassinar a jovem Vanessa Tito Poquiviqui em 31 de janeiro de 2018, no bairro Três Barras em Cuiabá, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, na região do Coxipó do Ouro na capital. Maycon Junior da Silva Dantas, de 32 anos, estava com mandado de prisão preventiva expedido pela Segunda Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, pelo feminicídio da companheira.
O suspeito era o último autor de femincídio de 2018 que permanecia foragido. Ele foi entregue na Polinter que deve apresentá-lo em audiência de custódia, nesta quinta-feira (19).
O crime
A vítima, de 21 anos morava há cerca de um mês com o namorado. Maikon Junior da Silva Dantas, à época com 30 anos, já tinha quatro passagens criminais, sendo três por violência doméstica, com três mulheres diferentes, mas nenhuma contra Vanessa.
A jovem foi localizada pela mãe do suspeito, que acionou a Polícia. A equipe de plantão da Delegacia de Homicícios (DHPP) encontrou a jovem na cama do quarto do casa, apresentando lesões no rosto, um corte de faca no supercílio e outro corte superficial no queixo.
Histórico de crimes
A primeira prisão de Maikon foi registrada em 2009, por lesão corporal. Ele acabou condenado no processo, mas foi beneficiado pelo uso de tornozeleira.
Em 2011 ele respondeu procedimento na 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Ele também respondeu por lesão corporal e injúria contra uma menor de idade, crime que tramitou pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
Sua quarta passagem criminal foi registrada por crime de lesão corporal. Ele foi autuado pelo crime no dia 05 de outubro de 2017, em inquérito na Delegacia da Mulher de Cuiabá.
Feminicídios
No ano passado, em Cuiabá, foram registrados 11 mortes de mulheres, dos quais sete foram enquadrados na lei do feminicídio (13.104/2015), em inquéritos conduzidos pela DHPP.
Em Várzea Grande, foram 10 vitimas femininas mortas, das quais quatro foram tipificadas como feminicídios. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, no período de janeiro a dezembro de 2018..
Os assassinatos de mulheres pela condição de gênero, conhecidos como feminicídios, passaram a ser enquadrados com a Lei 13.104/2015.