A cirurgia do menino de 9 anos que havia sido barrado em um protesto golpista em Mato Grosso ocorreu sem complicações

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A cirurgia do menino de 9 anos que havia sido barrado em um protesto golpista em Mato Grosso ocorreu sem complicações e ele passa bem, segundo o hospital. Gabriel Rodrigues havia perfurado o olho e precisava de uma cirurgia de urgência sob risco de perder a visão, mas foi barrado a caminho do hospital por um grupo de bolsonaristas que bloqueava a rodovia. O pai chegou a discutir com o grupo e o vídeo viralizou. (Veja abaixo)

Gabriel Rodrigues havia perfurado o olho em um acidente na escola e passava por uma série de procedimentos para não perder a visão. Na última segunda-feira, ele seguia de Sorriso para Cuiabá para retirada de uma hérnia e a drenagem de um coágulo no olho para evitar perder a visão, quando foi impedido de passar por um bloqueio golpista.

O grupo bloqueava a BR-163 e impediu que Gabriel e outros 24 pacientes que estavam em um coletivo da Secretaria de Saúde. O pai do menino tentou negociar com o grupo, já que se tratavam de pacientes com procedimentos de saúde marcados, mas foi impedido. O vídeo da negociação viralizou nas redes. Na imagem, um dos homens que bloqueava a pista chega a dizer “Eu não tenho problema com o olho do seu filho. Pega um avião e vai. Não vai passar”.

Com o impedimento, a cirurgia teve de ser remarcada. Segundo o Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), o menino conseguiu realizar a cirurgia de urgência a tempo e o procedimento ocorreu sem complicações. Ele se recupera bem e deve receber alta nas próximas horas.

O caso

O caso repercutiu após um vídeo mostrar o desespero do pai do menino, o autônomo Éder Rodrigues, tentando negociar com o grupo de bolsonaristas que bloqueava a rodovia por ser contrário ao resultado da eleição presidencial.

O menino estava em um ônibus da Secretaria de Saúde que foi impedido de seguir viagem na rodovia bloqueada entre a noite de segunda-feira (21) e a madrugada de terça-feira (22). Além de Gabriel, outros 24 pacientes estavam no veículo.

No vídeo, o pai conversa com o grupo. Mesmo após ouvirem que bloqueavam a passagem da criança com risco de perder a visão e de outros pacientes, participantes do protesto dizem que vão impedir a passagem.

Ao g1, Éder contou que, mesmo com o apelo, os pacientes tiveram que retornar. No local, segundo ele, havia cerca de dez homens e alguns deles seguravam facões e foices.

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