Ações de combate ao tráfico resultam em 113 presos e mais de quatro toneladas de drogas destruídas

A DRE realizou 18 operações para desarticular desde a atuação de grandes organizações até o tráfico doméstico

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No cenário de combate ao crime de tráfico de drogas, realizado pela Polícia Civil de Mato Grosso, a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) tem destaque nas investigações, com a realização de 18 operações ao longo do ano passado para reprimir o comércio de entorpecentes, que abrangem desde pequenos pontos de vendas de drogas até a desarticulação de associações criminosas voltadas ao tráfico interestadual.

A repressão ao comércio de entorpecentes é concluída com a destruição da droga e de materiais utilizados na atividade ilícita. Em 2023, a DRE incinerou mais de quatro toneladas de substâncias psicoativas.

Nas operações policiais deflagradas pela especializada, 113 pessoas foram presas e apreendidos mais de 550 quilos de entorpecentes, entre maconha, cocaína, pasta base de cocaína e drogas sintéticas. Além das operações deflagradas pela própria unidade, a DRE também deu apoio em outras 42 operações realizadas por delegacias de Mato Grosso e de outros estados do país.

Desenvolvidas por diferentes núcleos dentro da unidade especializada, as investigações tiveram como foco as variadas modalidades de tráfico, indo desde o combate ao tráfico doméstico (realizado em pequenas bocas de fumo) até a atuação de organizações criminosas voltadas para o comércio de drogas sintéticas e fornecimento de grandes quantidades de entorpecentes.

Durante o ano foram cumpridas 190 ordens judiciais, sendo 126 mandados de busca e apreensão, 53 de prisões e 15 de bloqueios bancários decretados com base nas  investigações da unidade. Os trabalhos resultaram ainda na apreensão de armas de fogo, munições, 25 veículos e centenas de apetrechos relacionados ao tráfico de drogas e entorpecentes.

Para desenvolvimento das investigações e ações, a DRE conta com com importante auxílio da população, que por meio de denúncias via 197 contribui para os trabalhos da especializada, que  analisa todas as informações recebidas.

Tráfico doméstico

Também conhecido como tráfico “formiguinha”, se caracteriza pela venda em pequenas quantidades, em vias públicas ou residências no estilo “varejo” e foi um dos maiores focos da unidade, uma vez que a atividade ilícita incomoda moradores vizinhos a esses locais, aumentar a criminalidade na região e também por ser uma das modalidades mais denunciadas à DRE.

Durante 2023, a delegacia realizou diversas operações com foco na repressão ao tráfico doméstico em Cuiabá e Várzea Grande, entre elas a Impetus Tijucal 2, Impetus Mapim, Impetus Santa Isabel, Impetus Pedra 90, Impetus Cristo Rei e Iraquianas.

Somente na primeira operação do ano, a Impetus Tijucal deu cumprimento a 54 ordens judiciais, sendo 18 de prisão e 36 de busca e apreensão, com alvo no combate ao tráfico de drogas na região.

Organizações criminosas

O combate a organizações criminosas voltadas para o comércio e fornecimento de entorpecentes também foi foco das operações realizadas pela especializada. A Operação Novo Colorado, deflagrada em março passado, cumpriu 10 ordens judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar contra uma associação criminosa na Capital.

Também no combate a organizações criminosas, desta vez envolvidas com tráfico interestadual, 17 mandados judiciais foram cumpridos na Operação Mato Seco, deflagrada no mês de abril. Os mandados foram cumpridos em cidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com foco em investigações da DRE que identificaram um grupo criminoso que enviava maconha para o norte do estado com ramificações no estado vizinho.

Deflagrada no mês de julho pela DRE em parceria com a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a Operação Unitas resultou na apreensão de mais de 580 quilos de skunk, sendo parte da droga encontrada dentro de um caminhão na cidade de Coxim (MS) e restante do entorpecente foi encontrado em uma “casa cofre”, na cidade de Dourados (MS). Cinco pessoas foram presas pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. 

A investigação tinha como alvo duas mulheres, com passagens anteriores por tráfico de drogas, inclusive no estado de Mato Grosso do Sul e ligadas a uma facção local. Segundo as informações, as suspeitas estavam recrutando novas mulheres para fazer o transporte da droga, em grande parte dos casos em caminhões que oferecem carona na estrada. 

No mês de outubro, a DRE deflagrou Operação Maximus para cumprimento de 14 ordens judiciais contra uma associação criminosa que atuava no tráfico de drogas delivery. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Cuiabá e Cáceres e em Uberlândia (MG). Os trabalhos resultaram na apreensão de entorpecentes como maconha e skunk, encontrados em uma casa-cofre mantida pela associação criminosa.

Em dezembro, a Operação Le Blond deu cumprimento a 19 ordens judiciais, com foco na identificação de fornecedores e líderes do tráfico de drogas no Jardim Leblon, em Cuiabá. Nas investigações foi identificado o principal fornecedor da droga para as “bocas de fumo” e seus comparsas, sendo representado pelos mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e de bloqueios de contas dos suspeitos que foram decretadas pela Justiça.

Drogas sintéticas

O tráfico de sintéticos, geralmente utilizados nas noites e baladas, também recebeu atenção especial nas investigações desenvolvidas pela especializada. A Operação Escocês, em duas fases realizadas em junho e julho, cumpriu mandados com foco em fornecedores que atuavam na venda de entorpecentes na modalidade delivery, em Cuiabá. Nas investigações, desenvolvidas durante 18 meses, a DRE identificou três grupos criminosos que atuam no comércio de drogas sintéticas na Capital.

A 2ª fase da Operação Doce Amargo também concentrou a investogação no combate à venda de drogas sintéticas, sendo cumpridas 15 ordens judiciais contra  traficantes que atuavam na Capital.
A primeira fase da operação, em março de 2022, identificou traficantes que vendiam drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidos como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como “loló”, lança-perfume ou clorofórmio.

Incinerações

A queima de entorpecentes fecha o ciclo da investigação sobre o tráfico de drogas, uma vez que para o efetivo combate ao comércio ilegal não basta apenas que a as substâncias ilícitas sejam apreendidas e tiradas de circulação, mas que sejam destruídas.

Durante 2023, a Delegacia de Entorpecentes incinerou quatro toneladas de drogas aprendidas em ações da unidade e por outras forças de segurança. Foram três incinerações realizadas nos meses de junho, setembro e dezembro, representando um grande prejuízo às organizações criminosas.

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