Advogado é investigado por suposto golpe milionário em Cuiabá

Ao menos 3 pessoas fizeram boletins de ocorrência contra Samir de Matos, que estaria desaparecido

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O advogado Samir de Matos, de 44 anos, é investigado pela Polícia Civil pela suspeita de aplicar golpes em investidores de Cuiabá com a promessa de grandes rendimentos no setor financeiro. Até o momento três pessoas registraram dois boletins de ocorrência sobre o caso.

O caso se assemelha a pirâmide financeira, em que as pessoas são remuneradas com juros acima do mercado com dinheiro de novos investidores. Até que não haja mais novos investidores e a pirâmide desmorona.

Conforme um dos BOs, Samir chegou a pagar 5% de rendimentos mensais sobre o valor investido, algo muito superior ao que é praticado no mercado.

A primeira vítima, de 57 anos, disse que desde 2019 disponibiliza recursos financeiros a Samir para investimentos no mercado financeiro.

Conforme o B.O., vítima vinha recebendo um percentual da lucratividade, “com a garantia de que nunca teria prejuízos”. O dinheiro era investido em corretora de valores e, ao longo dos anos, a vítima disse ter repassado o montante de R$ 836.112,20.

Os repasses foram realizados regularmente até junho de 2021, exceto pelo pelos aportes financeiros realizados em 13 de novembro de 2020 e 15 de março de 2021.

A vítima disse que Samir há vários anos usava uma sala do seu escritório e que nunca suspeitou dos crimes.

E afirmou ainda não ter ciência dos delitos cometidos por Samir, “sendo tão vítima” quanto os demais.

As outras duas vítimas, mãe e filho, de 45 e 29 anos, começaram a investir com Samir em 2021.

Segundo a mulher, ela fez um contrato de intermediação em operações de trading/forex no valor de R$ 91.84,00 no dia 29 de abril de 2021 com a empresa Ktrader LTDA-me, de propriedade de Samir.

Em outubro desse mesmo ano ela disse ter investido mais R$ 94.400 com a empresa. Nesse mesmo mês seu filho acabou também investindo um montante significativo, R$ 64.570,00.

Os dois receberam até dezembro de 2021 cerca de 5% dos rendimentos mensais do valor investido.

Nos meses seguintes Samir, segundo as vítimas, alegou ter tido suspensão do seu CPF pela Receita Federal , ficando impossibilitado de repassar os valores acordados.

A fuga

A namorada de Samir disse, conforme o documento, que o deixou na Rodoviária de Presidente Prudente (SP) no dia 19 de março.

Segundo ela, Samir disse ter apenas três opções: “suicidar-se, ficar aqui e morrer ou sumir”, tendo ele escolhido fugir.

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá.

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