Advogada Luciana Póvoas, 42, esposa do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, preso na madrugada de quinta-feira (28), disse que ele usava dois celulares dentro da cela já preso e que um revólver calibre 38 de dentro da sua casa. Em entrevista , Luciana disse que está devastada com a situação vivenciada dentro de sua casa. “Gostaria muito de conhecer o Leozinho que vocês conhecem”. Leonardo foi atuado por injúria real dentro da Lei Maria da Penha.
Em um grupo de WhatsApp, já nas primeiras horas da manhã de quinta, após passar toda a madrugada na delegacia, a advogada, que é filha da vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Maria Helena Póvoas, reclamou da falta de posicionamento dos advogados sobre a prisão de Campos.
“Como já era de se esperar, um silêncio ensurdecedor sobre a detenção do presidente da OAB por violência doméstica. Quando nas periferias o caso é tratado de forma bem diferente. Ao ser convocada pela delegada plantonista para prestar meu depoimento, me deparei com o acusado portando dois telefones celulares e fazendo diversas ligações, mesmo já encarcerado”, relatou.
Segundo Luciana, só depois de questionar a prática “atípica”, os telefones foram recolhidos. Além disso, ela contou no mesmo grupo que um revólver calibre 38 desapareceu de sua casa.
“A partir do relato dele para meu filho, retornei e comecei a buscar pela arma com receio da soltura, que já me adiantaram que sairá em breve!!!! Claro…Justiça é para periferia”.
Xingamentos e empurrão
Conforme já narrado a ocorrência foi registrada às 22h15 no prédio em que a família mora, no bairro Goiabeiras. Luciana contou à polícia que Leonardo chegou em casa embriagado e, em seguida, iniciaram uma discussão.
Durante o ato, ela foi xingada e empurrada, fato que ela não aceitou e acionou a PM via 190. O agressor negou as acusações, mas o casal acabou sendo levado para a delegacia, onde ele foi representado.
Leonardo foi acompanhado pelos advogados Rodrigo Marinho, Edson Rodrigues e outro não identificado, mas que pertence ao Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP). Assessoria de Imprensa da OAB foi procurada pela reportagem , mas não se manifestou até a publicação desta matéria.