O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reiterou hoje que pretende vetar o novo fundo partidário, de R$ 5,7 bilhões, dizendo que o valor “extrapolou” e que se o Congresso Nacional quiser mantê-lo, pode derrubar seu veto. Em entrevista à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, o mandatário novamente mentiu ao dizer que a CoronaVac não tem comprovação científica. Bolsonaro afirmou que a situação sobre o fundo neste ano é diferente da de 2020, quando afirma ter sido obrigado a sancionar o aumento do fundo eleitoral naquela ocasião, porque a lei prevê que o reajuste seja proporcional à inflação.
Em 2020, o fundo, que é uma exigência legal, teria cumprido essa norma e, segundo Bolsonaro, não sancioná-lo seria crime de responsabilidade. “Nesse caso que extrapolou em muito o valor eu tenho liberdade para vetar”, disse. O valor para o fundo foi definido na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022 aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional.
Presidente mente sobre vacina
Em outro momento, Bolsonaro disse que há “muita reclamação sobre a CoronaVac”, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e citou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que se recupera da covid-19 pela segunda vez. Ele fez uma relação distorcida sobre o fato, sugerindo que a reinfecção de Doria corrobora seu discurso contra o isolamento social, que na verdade vai na contramão do defendido por especialistas. “A (vacina da) Pfizer vem chegando, já tem comprovação científica, juntamente com a AstraZeneca, diferentemente da CoronaVac, que as pessoas estão se infectando mesmo após tomar a segunda dose. Como o próprio governador governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que se recupera da covid-19 pela segunda vez.
le fez uma relação distorcida sobre o fato, sugerindo que a reinfecção de Doria corrobora seu discurso contra o isolamento social, que na verdade vai na contramão do defendido por especialistas. “A (vacina da) Pfizer vem chegando, já tem comprovação científica, juntamente com a AstraZeneca, diferentemente da CoronaVac, que as pessoas estão se infectando mesmo após tomar a segunda dose. Como o próprio governador de São Paulo, foi reinfectado depois que tomou as duas doses de vacina. É sinal de que não seguiu os protocolos que tanto apregoa no seu estado”. Segundo o imunologista PhD pela USP (Universidade de São Paulo) e colunista do VivaBem, Gustavo Cabral “nenhuma vacina protege.
“As imunizações contra a covid-19 não evitam que a pessoa contraia o coronavírus, mas, sim, reduzem o risco de ela desenvolver casos graves de covid, que exigem hospitalização e causam mortes”, disse. Nas redes sociais, Doria contou que passa bem e tem a convicção de que está protegido contra o agravamento da doença por causa do imunizante. As vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil foram autorizadas pela Anvisa.
Nas redes sociais, Doria contou que passa bem e tem a convicção de que está protegido contra o agravamento da doença por causa do imunizante. As vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil foram autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em caráter definitivo —caso da Pfizer e da AstraZeneca — ou de forma emergencial —como a CoronaVac e a Janssen. Todas elas passaram por avaliações do órgão regulador que comprovaram a sua eficácia, qualidade e segurança, após testes clínicos com milhares de pessoas. A CoronaVac apresentou eficácia geral de 50,38% para prevenir casos de covid-19, 78% para prevenção de casos leves e 100% para casos moderados.
Nos testes, realizados com 13.060 pessoas, nenhum voluntário vacinado contraiu uma forma grave da covid-19 se contaminado. As taxas de eficácia do imunizante são semelhantes às verificadas em vacinas que já fazem parte do PNI (Plano Nacional de Imunização), como a da gripe. No dia 1º de junho, a OMS (Organização Mundial de Saúde) autorizou o uso emergencial para maiores de 18 anos da CoronaVac.
* Com informações da Reuters.
Bolsonaro diz que fundo eleitoral extrapolou o valor e mente sobre vacina
Presidente mente sobre vacina