Cinco policiais militares receberam na noite desta segunda-feira (11.06), em evento realizado no quartel do Batalhão de Operações Especial da Polícia Militar (Bope), o brevê de operações especial. A entrega do distintivo oficializa a conclusão do 6º Curso de Operações Táticas Especiais (Cate) e os habilita à integrar a ‘tropa de elite’ da Polícia Militar mato-grossense.
A solenidade foi presidida pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo Jose de Assis, e contou com a presença de outras autoridades civis e militares, entre as quais o secretário adjunto de Integração Operacional da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), coronel Victor Paulo Fortes Pereira, além de familiares dos formandos.
Durante 50 dias, em período integral, os policiais tiveram aulas teóricas e práticas sobre a história e as técnicas operacionais rurais e urbanas utilizadas pelas unidades especializadas no atendimento de ocorrências de maior complexidade como assalto a banco, sequestro, roubo com reféns, e outras.
Entre os cinco formandos está o soldado Eduardo Moreira Lauriano, de 25 anos, primeiro colocado ou, como se diz na linguagem militar, o “zero 1” da turma. Com três anos de carreira militar, Lauriano conta que está realizando seu sonho de infância de ser policial militar do Bope.
O comandante da PM, coronel Assis, homenageou o soldado Lauriano, primeiro colocado no curso(Foto – Sd Wagner/PMMT)
Nascido em General Carneiro, cidade do interior mato-grossense localizada a 442 quilômetros de Cuiabá, assim que ingressou na PM, em 2015, Lauriano candidatou-se ao curso da Rotam, também unidade especializada, onde serviu até a aprovação na seleção do Bope.
Desde quando era criança, relembra, tinha sua profissão definida: seria militar do Bope, assim como o filho da família vizinha que deixou General Carneiro e veio para capital. “Todos na cidade se orgulham dele, o admiram e o respeitam”, reforça. O policial que o inspirou hoje é sargento no Bope e atua no Serviço de Inteligência.
Sonho realizado? Em parte, diz, Lauriano. Ele quer continuar estudando, fazendo outros cursos especializados no Bope. “Não me vejo em outro lugar. Não foi fácil e sei que nunca será, cada dia é uma superação, mas também aprendi a nunca desistir”, completa, fazendo referência ao Curso de Operações Técnicas.
Após a entrega dos brevês, o coronel Assis, que também é da ‘Tropa de Elite’, um “caveira”, como se denominam os integrantes do Bope, unidade que ele já comandou, lembrou aos formados que “a partir dessa data nada será como antes. Estão prontos para superar toda e qualquer dificuldade”.
Além de parabeniza-los, Assis também os alertou dizendo que agora fazem parte de uma unidade onde a busca pelo conhecimento tático operacional é constante, um hábito, assim como ser acionado fora de hora e permanecer por longos dias em ação ininterrupta.
História do Bope
Atualmente comandado pelo tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, um oficial que há 12 anos se dedica a essa unidade, o Bope tem um efetivo de 120 policiais.
Criado em 1988, o Batalhão Especial é uma referência no combate e repressão aos crimes de maior potencial ofensivo – roubo a bancos, tráfico de drogas, assaltos com reféns, e ações com uso de artefato explosivo, entre outros. É uma das unidades que compõem o Comando de Policiamento Especializado (Cesp), da Polícia Militar.
Além de combater a criminalidade o Bope atua no social, na prevenção primária. O Batalhão mantém o ‘Judô Bope’, projeto que atende 350 crianças e jovens (a partir dos 4 anos).
Os formandos chegam em grande estilo no pátio do Bope para receber o brevê de operações especiais(Sd Elias – PMMT)