Cáceres recebe o título de Capital Estadual da Pesca Esportiva

Na cidade, é realizado o Festival Internacional de Pesca Esportiva. O evento é uma competição consolidada que atrai mais de 150 mil turistas a cada ano.

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É conhecido como “Princesinha do Paraguai” e também como a “Cidade Portal do Pantanal”.  Mas, a partir de 23 de agosto de 2019, o município de Cáceres passou a ser conhecido também como a Capital Estadual da Pesca Esportiva.

Nesse dia, o governador Mauro Mendes (DEM) sancionou a proposta do ex-deputado estadual e hoje deputado federal Dr. Leonardo (SD), transformando-a na Lei nº 10.933. De acordo com a lei, a intenção do parlamentar é de fortalecer o turismo na região e ampliar as ações socioambientais, gerando emprego e desenvolvimento para toda Cáceres.  De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população é estimada em 94.374 habitantes.

O título é um reconhecimento ao município que há 38 anos realiza o Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), atraindo turistas de todas as regiões do Brasil e do exterior. O cenário para a prática esportiva é o rio Paraguai, onde os amantes da pesca esportiva participam da maior competição da pesca embarcada em água doce do mundo.

Por isso não foi à toa que, em 2010, o festival foi registrado no livro dos recordes, o Guinness Book. A entidade o consagrou como a maior competição de canoa a remo do mundo. Além da pesca, o evento serve para divulgar a história da cultura, da gastronomia e das riquezas da fauna e da flora da região. Cáceres está localizado a 214 quilômetros de Cuiabá.

Técnico da Secretaria Municipal de Turismo de Cáceres, coordenador de pesca do FIPe há 28 anos e guia de turismo, Claudionor Duarte Correa acredita que a nova lei deve potencializar ainda mais o turismo pesqueiro na região e, com isso, ampliar os projetos voltados à sustentabilidade socioambiental em Cáceres. Mas isso, segundo ele, só será viável se o governo empreender a política de gestão de turismo.

“É o maior potencial turístico de pesca esportiva do mundo. O festival é uma competição consolidada que atrai mais de 150 mil turistas a cada evento. Em oito meses de preparação, o festival gera em torno de 2.500 empregos diretos e indiretos. A cada evento há cerca de 3.600 embarcações competindo. É um festival que gera emprego e renda. Além disso, divulga o potencial turístico da região para o mundo”, destacou Correa.

Para Claudionor Correa, o governo deve investir em políticas de gestão voltadas a ampliar e fortalecer o turismo em Mato Grosso. “O investimento para esse setor é muito alto. O turismo envolve outras áreas, como, por exemplo, o da cultura. O turismo da pesca esportiva de Cáceres é uma vitrine à divulgação da região para todo o país e exterior”, disse.

A cada ano, Cáceres se prepara mais para receber os turistas e os amantes da pesca esportiva para o tradicional Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe). Para o próximo ano, de acordo com o coordenador, o FIPe já está sendo preparado, e a 39ª edição do festival, em 2020, deve ser realizada na primeira quinzena do mês de julho.

De acordo com o deputado federal Dr. Leonardo (SD), a lei fortalece o município na luta por mais recursos junto ao governo do estado e ao governo federal para investimentos no turismo e geração de empregos e receitas financeiras da região. Segundo ele, Cáceres é uma cidade que tem vocação para o turismo e, com isso, atrai os amantes da pesca esportiva.

“Cáceres consagrada como a Capital Estadual da Pesca Esportiva significa fortalecer os projetos de turismo para toda região. Agora, ficará mais fácil captar recursos para financiar obras estruturantes para atrair mais turistas, impulsionando Cáceres ainda mais no cenário do turismo da pesca esportiva em nível internacional”, disse o parlamentar.

Na Câmara dos Deputados, Dr. Leonardo apresentou o Projeto de Lei nº 5883/2019, que transforma Cáceres na Capital Nacional da Pesca Esportiva. A matéria aguarda despacho do presidente Rodrigo Maia (DEM).

Em Brasília, Dr. Leonardo conseguiu articular a liberação de R$ 180 milhões junto à Caixa Econômica Federal e ao Ministério de Desenvolvimento Regional, para investimentos em obras de saneamento básico (água e esgoto) para o município.

“Hoje, 95% do esgoto produzido na cidade caem sem nenhum tipo de tratamento no rio Paraguai. Vamos mudar essa realidade. A proposta ainda é de universalizar 100% da água tratada no município”, destacou o parlamentar.

Histórico do FIPe – A edição nº 1 do evento aconteceu em 1980. O festival contou com a participação de 42 competidores, todos do sexo masculino. No ano seguinte, houve um incremento de 71,4% nas inscrições, com a presença de 72 pescadores.

No ano de 1992, o FIPe garante o lugar de honra no Guinness Book – o livro dos recordes – como o maior festival de pesca embarcada em água doce do mundo. Na última edição, realizada em julho de 2019, o 38º FIPe teve a participação de 400 embarcações.

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