Campo Grande é oficialmente reconhecida Capital Nacional do Chamamé

Estilo musical típico da Argentina é patrimônio cultural desde 2020

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O município de Campo Grande (MS) é oficialmente a Capital Nacional do Chamamé, título concedido após sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 4.528, de 2019. Estilo musical tradicional típico do nordeste da Argentina, mais especificamente na região conhecida por Mesopotâmia Argentina, localizada entre os rios Paraná e Uruguai, o chamamé é também apreciado em dois estados brasileiros: Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Entre os elementos que deram origem a esse estilo musical, que foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em 2020, estão as culturas guararani, afro-americana e europeia. Entre alguns estudiosos da expressão artística, há controvérsias sobre sua origem.

Alguns o chamam de polca correntina, devido às experimentações musicais observadas na região de Corrientes, na Argentina, a partir de uma mistura entre guarânia e polca paraguaia – estilo cujo andamento em muito se assemelha ao do chamamé. O estilo carrega também alguns ritmos fronteiriços como o do rasqueado sul-mato-grossense.

Os conjuntos “chamamezeiros” são geralmente formados por dois violões e um bandoneón, instrumento típico da orquestra de tango, que pode ser substituído pelo acordeão, popularmente conhecido como sanfona.

Homenagem

Em nota, a Secretária-geral da Presidência da República informa que a sanção presidencial representa uma homenagem à comunidade campo-grandense e um reconhecimento de todos aqueles apreciam essa arte musical. A nota lembra que a expressão artística é também acompanhada por dança, e que seu nome significa improvisação, na língua guarani.

“O estilo musical se consagrou, sobretudo, em Campo Grande, expandindo para algumas outras cidades e, posteriormente, por meio de entusiastas que passaram a se organizar em grupos de intérpretes. Dentre eles, Zé Corrêa, precursor do chamamé, sendo o mais representativo e popular artista do gênero musical no Brasil entre as décadas de 60 e 70, tendo difundido o ritmo na capital sul-mato-grossense, de modo que restou instituído o Dia Estadual do Chamamé”, diz a nota.

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