A disparada no preço da carne bovina no fim do ano fez com que a inflação, que caminhava para fechar em um patamar abaixo de 2018, acelerasse. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10, o índice fechou o ano em 4,31%. Dos vinte itens que mais subiram em 2019, treze são cortes bovinos. Ao todo, a categoria teve alta de 32,24%, com o aumento da exportação do produto. Porém, o item que acumulou o maior aumento no valor em 2019 foi o feijão branco, com alta de 98,21%.
De acordo com o IBGE, no começo de 2019, os aumentos de maior destaque ocorreram nos preços de alguns cereais. O feijão-carioca, que fechou 2019 em alta de 55,99%, chegou a acumular alta de 105% no primeiro trimestre. O grupo dos cereais, no qual o feijão está inserido, fechou o ano em alta de 12,71%. No caso das carnes, a disparada foi sentida em novembro e dezembro. Só nesse período, o grupo acelerou 27,61%.
Além das carnes e de tipos de feijão, os jogos de azar também estão na lista dos vilões do ano, após o reajuste das loterias autorizado pelo governo em novembro. Uma aposta na Mega-Sena, por exemplo, subiu de 3,50 reais para 4,50 reais.
O que pesou menos no bolso
O maior responsável pela inflação em 2018, o tomate, fez as vezes de mocinho em 2019. O item ficou 30,45% mais barato no ano passado após ter avançado 76,1%. Outros itens como cenoura e cebola também caíram. No caso das carnes, alguns peixes tiveram queda, podendo ser opção na mesa do brasileiro para suavizar as contas no fim do mês.
Produto | variação em % |
---|---|
Tomate | -30,45 |
Aluguel de veículo | -18,04 |
Televisor | -17,04 |
Cenoura | -14,01 |
Farinha de mandioca | -12,17 |
Peixe-cação | -10,12 |
Peixe-vermelho | -9,39 |
Cebola | -9,22 |
Peixe-tainha | -9,17 |
Azeite de oliva | -7,95 |
Chocolate em barra e bombom | -7,46 |
Café moído | -7,39 |
Creme de leite | -6,96 |
Armação de óculos | -6,80 |
Farinha de arroz | -6,47 |
Mamão | 5,30 |
Fubá de milho | -5,24 |
Vidro | -5,13 |
Colchão | -4,60 |
Bolsa | -4,31 |
Fonte: IBGE