Cartazes e faixas são colocados em frente à Câmara de Cuiabá para cobrar abertura de comissão contra prefeito afastado

Vereadores devem votar nesta terça-feira pedido de abertura de comissão para apurar Emanuel Pinheiro.

0

O Observatório Social colocou faixas na entrada da Câmara de Vereadores Cuiabá, nesta terça-feira (9), para cobrar a abertura de uma Comissão Processante para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que desde o dia 19 do mês passado está afastado da função por suposto esquema de fraudes na saúde.

A coordenadora do Observatório, Elda Valim, disse que a entidade espera que os vereadores tomem alguma atitude em relação ao prefeito. “Esperamos que a comissão seja aberta pelos vereadores que não estão na lista de pessoas que indicaram irregularmente servidores para atuar na Secretaria de Saúde, porque desses não podemos esperar nada”, afirmou.

Para ela, a Câmara já deveria estar fiscalizando a gestão pública, como contratos e licitações. “A Câmara já não estava fazendo o seu papel de fiscalização e chegou a uma situação em que o prefeito foi afastado pela Justiça. Agora eles ainda querem esperar a Justiça e não fazer o papel deles?”, questionou.

O pedido de cassação do prefeito foi apresentado pelos vereadores Dilemário Alencar (Podemos), Marcos Paccola (Cidadania), Michelly Alencar (DEM) e Diego Guimarães (Cidadania).

O documento se baseia na suposta infração político-administrativa cometida por Emanuel na contratação irregular de servidores temporários na secretaria municipal de saúde.

Esse pedido era para ter sido votado na semana passada, mas o presidente da Câmara Municipal, Juca do Guaraná (MDB), encerrou a sessão após um bate-boca entre os parlamentares.

Na ocasião, o vereador Sargento Vidal (Pros) questionou Michelly sobre ela repostar um comentário feito por um cientista política dizendo que seriam oferecidos cheques aos parlamentares para negar a abertura da comissão.

A vereadora, no entanto, negou ter republicado a mensagem para atingir os colegas da Câmara. Ao tentar responder Vidal, o presidente da Câmara, Juca do Guaraná (MDB), a interrompeu e a chamou de ‘histérica’.

Após o comentário feito pelo presidente, vereadores da base também se exaltaram junto à Michelly e pediram respeito.

Devido à confusão, a sessão desta quinta-feira foi suspensa e a votação foi adiada para esta terça-feira.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here