Um casal foi preso nessa quinta-feira (31) suspeito de estuprar, amarrar e amordaçar duas crianças, de 7 e 9 anos, em Cocalinho, cidade a 765 km de Cuiabá. Segundo o delegado Valmon Pereira da Silva, o homem e a mulher não tinham vínculo com a família, mas eram responsáveis por cuidar das vítimas enquanto o pai delas trabalhava.
De acordo com a polícia, os suspeitos, de 42 e 47 anos – que não tiveram os nomes divulgados, estavam com a prisão decretada e agora vão responder por estupro de vulnerável.
O casal foi surpreendido pelos policiais civis em uma propriedade agrícola, na zona rural da cidade de Novo São Joaquim, a 493 km da capital, também na região Araguaia.
As investigações iniciaram no dia 14 de janeiro deste ano quando uma assistente social acompanhada de uma criança acolhida no Lar da Criança de Água Boa, a 736 km de Cuiabá, procurou a Polícia Civil para denunciar o caso.
O pai deixava as filhas com o casal porque trabalhava em uma fazenda e só podia ficar com as filhas aos finais de semana.
Na ocasião foram relatados diversos episódios de abusos sexuais sofridos pela menina, à época com 9 anos e a irmã, de 7 anos, enquanto ficavam aos cuidados do casal.
Durante as diligências foi apurado que os abusos sexuais eram cometidos pelo suspeito com ajuda da mulher, que amarrava e amordaçava as vítimas para não gritarem por socorro.
No decorrer das investigações os dois envolvidos fugiram de Cocalinho e não foram localizados para apresentarem na delegacia as próprias versões e defesa.
Segundo a polícia, cerca de quatro meses após a descoberta do crime, os acusados teriam ido para o estado de Goiás, passando por diferentes cidades com intuito de dificultar o trabalho da polícia.
Eles voltaram para Mato Grosso e foram presos em uma fazenda em Novo São Joaquim. O casal foi encaminhado para unidades prisionais.
O casal ficou em silêncio ao ser preso, mas será ouvido pela Justiça de Mato Grosso.
Ainda conforme o delegado o pai, inicialmente, não deve ser incriminado pela situação.