A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso aprovou na tarde desta segunda-feira (23) requerimentos para que o Poder Judiciário faça o compartilhamento de provas inclusas em processos criminais que estão em segredo de justiça.
Foi solicitado à 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá a íntegra dos termos de colaboração premiada do empresário do ramo de combustíveis Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, bem como da delação do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário de estado, Pedro Nadaf.
Também foi aprovado requerimento solicitando da Justiça Federal a cópia integral do termo de colaboração premiada do ex-diretor do Bic Banco Luiz Carlos Cuzziol.
O pedido de compartilhamento de provas se deve à suspeita de que muitas revelações estão vinculadas a práticas de crimes contra a ordem tributária de Mato Grosso, envolvendo sonegação de impostos, renúncias fiscais e pagamento de propina a servidores públicos e agentes políticos para favorecimentos indevidos.
O presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB), afirmou que os documentos compartilhados irão nortear o rumo das investigações.
“A CPI está apenas começando. Se for necessário, faremos a prorrogação do prazo pelo período de 180 dias. Mato Grosso precisa de uma correção no plano tributário para coibir crimes e garantir ao estado uma arrecadação mais eficiente que se reverta em serviços à população”, disse.