O que está sendo caótico para alguns setores da economia para outros a crise ainda não chegou, como é o caso do setor imobiliário no município de Várzea Grande.
Aline Barbosa
Atual crise econômica que estamos vivenciando tem atingido todo o território nacional. E com o nosso Estado não tem sido diferente. No começo desse ano o governador Mauro Mendes decretou estado de calamidade financeira, em Mato Grosso. Foi uma medida emergencial para tentar restabelecer as finanças públicas.
Essa é uma situação difícil de imaginar em um Estado que é referência no setor de agronegócio, sendo o maior produtor de soja, e na pecuária o maior em rebanho de corte do país.
O que está sendo caótico para alguns setores da economia para outros a crise ainda não chegou, como é o caso do setor imobiliário no município de Várzea Grande.
A reportagem do jornal Correio Metropolitano conversou com corretores que atuam na Cidade Industrial que afirmam esse aquecimento no setor de imóveis.
O corretor Kleber Pereira, da Corretora Kleber Negócios Imobiliários atua exclusivamente no município. Ele conta que o grande responsável por manter essa estabilidade é o programa habitacional do Governo Federal Minha Casa Minha Vida (MCMV).
“Um dos grandes aliados desse aquecimento econômico é a facilidade da população em fazer financiamentos pelo programa do Governo. Em suma são casas populares com preços acessíveis. O que não ocorre com os imóveis classificados como acima de média, esses, possuem valores altos e por isso não têm o mesmo número de vendas. O projeto também é responsável por geração de emprego em pequenas construtoras”, conta Pereira.
De acordo com o site da Prefeitura Municipal de Várzea Grande em 2018 foram sorteadas 1.000 casas nos Residenciais Colina Dourada I e II, localizada na Rodovia Mário Andreazza, na época teve 29.635 inscritos. Já em 2016 foram entregues 1.281 casas.
Em fevereiro desse ano o município sorteou 1.000 pessoas e outras 500 (para cadastro reserva) para morar nos Residenciais Colinas Douradas I e II. Cento e dezenove casas foram destinadas as famílias que vivem em área de risco e outras seis para quem têm crianças com microcefalia.
Corretora há seis anos Danielle Kessler não trabalha somente com MCMV. Ela fala que essa crise não influenciou o mercado de imóveis particulares. “No tempo que estamos trabalhando a oferta e demanda de vendas vêm se mantendo. Os imóveis com preço padrão de mercado estão saindo e com aluguéis segue a mesma forma”, fala Kessler.
De acordo com a profissional uma residência padrão é composta por 02 quartos, 01 sala, cozinha e 01 banheiro, com o valor aproximadamente R$ 120. 000 reais, mesmo o comprador obtendo imóvel por financiamento. Já os imóveis acima do valor são a partir de R$ 180.000. “Os proprietários chegam a pedir esse valor no seu imóvel, mas , como são localizados no bairro Cristo Rei as vendas ficam paradas”, conta a profissional.
Programa Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009 o programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida tem objetivo de resolver o déficit de habitação no país. Direcionado a famílias de baixa renda são cobrada menores taxas de juros com carência de até 24 meses. Em 2019 foram entregues aproximadamente 5,5 milhões de unidades, por todo o território nacional.