A Delegacia Fazendária deflagrou nesta sexta-feira mais uma operação em Mato Grosso. O alvo é uma organização criminosa voltada à sonegação fiscal.
Ao todo, são cumpridos 11 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão na capital e no interior. Há ainda um mandado sendo cumprido na cidade de Palmas, no Tocantins.
As informações são de que o grupo criminoso falsificava documentos e constituía empresas de fachada na comercialização de bebidas quentes (Velho Barreiro, Jamel e outras). Segundo as investigações, essas bebidas entravam no Estado com notas frias, sem registro nos postos fiscais. Outra forma de fraudaro o fisco era as mercadorias circularem com uma simulação de trânsito para outros Estados (o que não paga ICMS em Mato Grosso), mas comercializar a bebida no Estado.
A Polícia Civil apurou que o grupo faturou R$ 13.713.434,79 com a prática fraudulenta. Já os recursos que deixaram de entrar no Estado são R$ 3.702.627,40.
O delegado titular da Defaz, Anderson Veiga, ressalta que a operação busca apreender documentos, notas fiscais, dispositivos móveis e computadores que possam comprovar crimes contra a ordem tributária. “Bem como reprimir a comercialização de bebidas quentes de maneira criminosa em face dos destinatários das mesmas, uma vez que esses comerciantes são os responsáveis pelo fomento do esquema criminoso patrocinado pela organização criminosa”, disse.
Além da sonegação, o grupo tinha um esquema de lavagem de dinheiro.
Líber Pater remete a Roma antiga, onde havia o culto a Liber Pater (“pai livre”), considerado o deus da viticultura, fertilidade e liberdade. Além de liberdade, o termo Liber também remete à libação, ao ritual de oferecer uma bebida e beber por prazer. Segundo a lenda, Liber Pater foi quem mandou o pastor Estáfilo, filho do deus Dionísio, enviar as uvas para o rei, chamado Oinos, e também teria ensinado o monarca a extrair o sumo e, dessa forma, criar a bebida à qual ele deu seu nome.