O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para baixa umidade do ar no Centro-oeste. O fenômeno já se estende por várias semanas em especial no Mato Grosso e deve perdurar durante o inverno – estação mais seca do ano para o Estado.
Em razão destas condições climáticas a Defesa Civil de Várzea Grande, faz um alerta preventivo, para os cuidados com a saúde da população várzea-grandense neste período seco, sem chuvas. A umidade do ar prevista para até o final do mês, está oscilando entre 27% a mínima e a máxima 60%.
“Quem mais sofre com o tempo seco, são as crianças e idosos, porém atinge toda a população. No organismo o nariz, olhos e garganta surgem irritações e até sangramentos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a faixa de umidade ideal para o organismo humano situa-se entre 40% e 70%. Quando essa taxa cai para 30%, já se configura uma situação de alerta, com prejuízos evidentes para a saúde. Lembrando que ainda não estamos no período mais crítico mas com as oscilações exige-se mais cuidados com a saúde”, explicou a coordenadora da Defesa Civil de Várzea Grande, que é órgão vinculado à secretaria de Defesa Social, Cristiane Prado.
Segundo ainda Cristiane Prado, o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET – define a umidade relativa do ar como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera em relação à quantidade máxima que poderia existir, considerando a temperatura vigente.” Níveis mais baixos de umidade são comuns em Mato Grosso no final do inverno. A Atenção para queda da unidade é durante a tarde, entre 12h e 16h, porém ainda estamos no mês de junho, e temos que tomar muito cuidado, porque a baixa umidade do ar afeta de forma significativa o organismo humano. Garganta irritada, sangramento nasal, doenças respiratórias (como rinite e asma), dor de cabeça, sensação de areia nos olhos e pele ressecada são alguns dos sintomas que podem surgir”, alertou a Coordenadora da Defesa Civil, Cristiane Prado.
O Ministério da Saúde alerta que a água desempenha um papel fundamental para o funcionamento do corpo, regulando a temperatura, eliminando toxinas, transportando nutrientes e lubrificando as mucosas. “Quando a umidade é insuficiente, o corpo fica com menos água para executar suas funções, tornando-se mais vulnerável. As vias aéreas se ressecam, comprometendo a produção de muco no nariz e facilitando a entrada de vírus e bactérias, por isso a hidratação neste período é muito importante e se alimentar de forma mais leve e saudável”, disse ela.
Também é recomendado que se evite a exposição ao sol entre as 10h e 17h, bem como banhos quentes e aglomerações ou permanência prolongada em ambientes fechados. “É recomendado, também, o uso de umidificadores de ar. A população também pode usar bacias com água para umidificar os ambientes ou estender toalhas e panos úmidos. Já em casos de problemas respiratórios é recomendado que a população procure uma unidade de saúde mais próxima de sua casa´”, recomendou Cristiane Prado.
Já em caso de incêndios, deve-se acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo número 193. “O Governo de Mato Grosso decretou prazos ampliados para o período proibitivo de uso do fogo neste ano de 2024. Na Amazônia e Cerrado, o uso do fogo fica proibido entre 1º de julho a 30 de novembro, e no Pantanal, entre 1º de julho e 31 de dezembro. Essa recomendação é para as áreas rurais. Já na área Urbana é proibido utilizar fogo, tanto para queima de mato em datas vazias, de lixo ou qualquer outro motivo. A fumaça piora a situação de saúde da população e também a utilização do fogo em quintais pode causar grandes incêndios com o tempo seco e ventos”, alertou a coordenadora.