A Polícia Judiciária Civil informa que a delegada de polícia, Ana Cristina Feldner, passar a integrar o grupo de trabalho, que conduz os inquéritos policiais que apuram interceptações telefônicas ilegais no Estado de Mato Grosso, como coordenadora. A decisão passa a valer a partir desta quarta-feira (11.09), visando atender ofício do Poder Judiciário e reforçar os trabalhos que são desenvolvidos pela equipe.
A delegada atuará junto a Jannira Laranjeira, Luciana Canaverde, que já atuam na força-tarefa. Antes dela, estava no grupo o delegado Rafael Scatalon, que foi transferido para a Secretaria de Fazenda (Sefaz).
Feldner atuou no caso em 2017, até que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) requeresse toda a investigação em virtude da possibilidade do então governador Pedro Taques (PSDB) estar envolvido no caso. Este ano, quando a força-tarefa foi criada após o STJ “descer” as investigações, ela estava de licença maternidade.
A primeira passagem de Feldner pela Grampolândia foi considerada “marcante”. Ela foi responsável pelas investigações que culminaram com as prisões de “figurões” do Estado. Na “Operação Esdras”, que apurou um esquema de obstrução a Justiça, a delegada representou pelas prisões dos então secretários de Segurança Pública, Rogers Jarbas e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Junior.
Também foram detidos na operação os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Taques, e da Casa Militar, Evandro Lesco. Outros militares que participaram de um esquema de gravação do desembargador Orlando Perri também foram presos.
Quando o caso foi remetido integralmente ao STJ, Feldner afirmou que estava “há poucas horas” de desvendar toda a trama que gerou um escândalo. Isso porque, os principais envolvidos no caso já estavam propensos a colaborar, como o cabo Gerson Luiz Correa Junior.