Ruana Sabrina de Freitas, 29, até tentou manter a farsa e negar que não estava envolvida no falso sequestro que deixou sua família desesperada desde a noite da última quarta-feira (1) em Várzea Grande. Mas, as evidências da Polícia Civil desmascararam a mulher, que passa por Audiência de Custódia após ser autuada comunicação falsa de crime nesta sexta-feira (3).
Acontece que logo após o marido denunciar o sequestro, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) começou a atuar no caso. No final da manhã de quinta-feira (2), os investigadores foram informados que a vítima estava em uma região de motéis na entrada do bairro Tijucal.
Foi descoberto então que a vítima, agora já como suspeita, pernoitou no local junto com um rapaz. Ele saiu a pé do motel e ela saiu em uma Hilux. Os funcionários do motel entregaram aos policiais uma corda verde encontrada na suíte e comprovantes de pagamento realizados no cartão da suspeita.
A família registrou o sequestro da vítima e começou uma campanha em busca do seu paradeiro nas redes sociais. As informações são de que os bandidos a levaram junto com uma caminhonete Hilux e fizeram contato com a família até por volta das 21h30, depois disso, não há mais informações sobre a vítima.
Na narrativa, a vítima estava em uma festa com amigos e familiares quando saiu para comprar bebida no bairro Jardim Paula. Essa foi a última vez em que Ruana foi vista. Depois disso, ela não voltou mais.
O marido dela passou a receber mensagens dos sequestrados, com fotos da mulher encapuzada. Até onde se sabe, os bandidos queriam levar a caminhonete da vítima, uma Toyota Hilux placas QCY-3977 prata, com placas de Canarana.
Tudo foi armado pela mulher e por um ex-funcionário da empresa dela e do marido. Ele teria uma rixa com o marido dela e foi demitido em seguida por conta de diárias. O golpe era para vender a Hilux e ficar com o dinheiro.