Emanoel ignora caos na Saúde Pública e na controvérsia admite rombo de R$ 213 mi .Quem entende?

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Virou balaio de gato. O prefeito Emanuel Pinheiro, admite em documento rombo na Saúde Pública de R$ 213 milhões e não quer largar o osso. Quem entende? O povo cuiabano sofre sem remédios e medicamentos na Rede SUS da Capital.

Na defesa , a Prefeitura de Cuiabá apresentou, na segunda-feira (16), manifestação na ação judicial que pede a retomada da Intervenção Estadual na Saúde.

Nos novos apontamentos, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, afirmou que a situação da Saúde de Cuiabá é “pavorosa”.

Ele citou os 4 milhões de comprimidos vencidos no estoque de medicamentos de Cuiabá, depoimentos de médicos que apontam para possíveis mortes por falta de remédios e insumos, e um rombo de R$ 390 milhões no caixa da Secretaria Municipal de Saúde detectado pelo ex-interventor Hugo Fellipe Lima.

Ao tentar rebater, a Prefeitura admitiu que o passivo financeiro da Secretaria Municipal de Saúde corresponde ao montante de R$ 213 milhões, já incluído o rombo da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, de R$ 117,6 milhões.

O posicionamento ignora a grave crise do setor, com falta de remédios básicos, médicos, equipamentos, fila de anos à espera de cirurgia, entre outros.

O documento assinado pelo procurador-geral adjunto do Município, Alison Akerley da Silva, assume, entretanto, que existe um rombo de R$ 213 milhões na Saúde da Capital.

A manifestação foi apresentada contra as novas informações incluídas no processo pelo Ministério Público Estadual (MPE), autor do pedido de intervenção.

Ainda no documento, a Prefeitura assumiu que faltam medicamentos nas unidades de Saúde, mas colocou a culpa em um suposto “desabastecimento generalizado a nível nacional”.

No documento, a Procuradoria também reconheceu que não há, na gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) profissionais para atender a população, mas disse que foi publicado um concurso público para o setor, e as provas serão realizadas neste mês.

O procurador  requereu o indeferimento dos novos apontamentos do MPE, bem como a a retomada da intervenção estadual, alegando uma “nítida evolução no sistema nos últimos 10 anos”.

A manifestação foi solicitada pelo desembargador Orlando Perri, que agora irá avaliar a convocação de uma sessão extraordinária do Órgão Especial para julgar o mérito do pedido de intervenção.

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