Ex-secretário da Sinfra lista construtoras que pagavam propina ao grupo de Silval Barbosa

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Em depoimento à Delegacia Fazendária, o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Valdisio Juliano Viriato, listou as empresas que pagavam propina ao grupo criminoso liderado pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido). As empreiteiras tinham contrato com o Estado para execução de obras do programa de pavimentação MT Integrado e pagavam entre 5% e 10% do valor recebido pelo serviço. A estimativa que tenham repassada R$ 5,2 milhões à organização criminosa.

Segundo Viariato, faziam parte do esquema a Guaxe Construtora; Apuí Construtora de Obras Ltda.; Agrimat Engenharia e Empreendimentos; Construtora Campesato; Engemat; Paviservice Serviços de Pavimentação; Base Dupla Serviços de Construções Civil; Terraplanagem Centro Oeste; Rodocon Construções Rodoviárias; Guizardi Engenharia; JM Terraplanagem Construções. Os pagamentos são investigados na Operação Malebolge, que teve origem na delação do ex-governador Silval Barbosa.

 

As informações constam na ação civil que o Ministério Público Estadual (MPE) move contra o ex-deputado Gilmar Fabris (PSD). O órgão o acusa de improbidade e pede ressarcimento ao erário pelo “mensalinho” recebido do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cesar Correa.

Na delação de Silval, ele conta que todos os deputados receberam “mesada” mensal de R$ 50 mil para que aprovassem os atos de governo. Na ação, o promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva cita revelação de Silval de que o mensalinho era pago pelo Executivo desde 1999, na gestão Dante de Oliveira, e que os R$ 50 mil eram uma “bonificação”.

 

Os deputados aparecem recebendo os valores do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cesar. No caso específico, Fabris ainda reclama da quantia recebida. Acredita que há boicote contra ele para receber menos que os outros. O “mensalinho” pago aos parlamentares vinha da propina paga pelas empresas com obras no MT Fomento e também referentes a Copa do Mundo.

 

Além de Silval e Viriato, alguns empresários confessaram os pagamentos ilícitos. Entre eles o dono da Apuí, Leonir Romano Baggio, que procurou a Defaz para explicar os pagamentos. “Com efeito, o empresário afirma que o retorno da propina ocorreu em contratos cuja licitação se deu em 2009/2010, sendo que o início das obras aconteceu apenas em 2012; tais empreendimentos faziam parte do programa do MT Integrado e os valores recebidos pela execução das obras eram repassados pela Petrobrás, em razão de Convênio celebrado com o Estado”, consta na ação movida no dia 16 de setembro.

 

Há investigações contra todos os ex-deputados estaduais que aparecem nas filmagens, que tramitam separadamente. Baiano Filho (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Hermínio J. Barreto (já felecido), Alexandre Cesar (PT), Antônio Azambuja (PP), Luiz Marinho Botelho (PL), Airton Português (PSD) , ex-deputado Federal Ezequiel Fonseca (PP),  ex-deputado estadual e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e a ex-deputada estadual e prefeita cassada de Juara, Luciane Bezerra (PSB), além Vanice Marques irmã de Airton Português.

 

Na ação específica, o promotor pede que a Justiça bloqueie as contas de Fabris até R$ 4,2 milhões pelo dano causado.

 

Reprodução

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