Mesmo com a construção de pelo menos 03 Estação de Tratamento de Água (ETAs) em bairros diferentes da cidade, a população de Várzea Grande é submetida novamente à falta de água potável nas torneiras de milhares de famílias. Se antes a direção do Departamento de Água Tratada de Várzea Grande (DAE-VG) e o próprio prefeito Kalil Baracat, colocavam a culpa no precário sistema de funcionamento das ETAs, a nova crise está longe de ser bem recebida pela sociedade.
O diretor-presidente do DAE, Beto Arruda disse que a falta de água na cidade decorre da queima de bombas d´águas das ETAs espalhadas pela cidade. “As bombas da ETA do bairro Potiguar, localizada na Avenida Brasília, queimaram, mas já as recuperamos e a água voltou a jorrar. Com isso, a falta de água nos bairros do centro da cidade já é passado,” disse ele na última segunda-feira. Porém, essa informação prestada pelo dirigente não procede, em razão da falta de água no centro de Várzea Grande ainda é sentida, agora pela população.
Dona Marilda Guimarães, que mora no centro de Várzea Grande há 40 anos que o diga. Da fila para comprar carne de um grande supermercado da cidade ela brada: “Mentira, na minha casa não dá água há duas semanas. Tenho dois filhos e quatro netos e estamos no seco. Estou sem água tratada há mais de duas semanas,” reclama a idosa.
BOICOTE À KALIL
Na maior crise devido a falta d’água em Várzea Grande, o prefeito da cidade, Kalil Baracat (MDB) garantia que a solução para essa crise, era a construção de novas ETAs pela cidade, vez que as administrações anteriores a dele nada fizeram para sanar o problema. O prefeito nunca quis colocar a culpa nas gestões passadas, entretanto, até mesmo pela falta de planejamento de crescimento da cidade, já se sabia que uma grande crise devido a falta de água tratada causaria grande sofrimento à população, visto que além da falta d’água, em muito bairros recentemente criados e que não existiam encanamentos para o fornecimento de água, a falta do produto já era sentida.
Além da falta de planejamento básico para estes novos bairros, criados quase sem nenhuma estrutura, pairava sobre a cabeça do prefeito, a falta de empenho de alguns funcionários do DAE-VG, em bem administrar o órgão, impondo uma espécie de boicote à gestão Kalil. Não se sabe até hoje a razão deste boicote, pois ao que pode ser comprovado, a administração do DAE-VG vai bem, obrigado.
Outros, porém, revelam que a história da gestão do órgão não é bem outra.. Nos bastidores fala-se que o prefeito Kalil não cumpriu alguns acordos com funcionários mais antigos do DAE. Uma fonte do Correio Metropolitano disse que há de muito tempo, o prefeito sofre de boicote e deu um exemplo:
“Olha, na gestão da prefeita Lucimar Campos, cerca de quatro bombas d´’água eram trocadas devido a queima elétrica ou qualquer outro defeito. Isto em um ano. Hoje, depois que o atual prefeito mandou trocar as antigas bombas por novas, sabe-se que se troca 14 bombas d’águas em um ano. Qual explicação para isso, a direção do DAE ou o setor que cuida do funcionamento delas não tem explicações. Então, todos apostam na existência desse boicote à administração do atual prefeito, para que ele seja visto como péssimo gestor de Várzea Grande”, salienta a fonte.