Frases de efeito e trechos de músicas sobre episódios positivos após tropeços não faltam. Não se sabe se o técnico Renato Gaúcho prendeu algumas delas no vestiário, mas a vitória do Flamengo sobre o Olimpia, ontem, pelas quartas de final da Libertadores, mostrou uma equipe que soube superar rapidamente uma goleada sofrida três dias antes, em casa, e construir um resultado para lá de vantajoso em um torneio mata-mata.
O poder de reação foi coletivo, mas com pontos individuais, como o goleiro Diego Alves e o atacante Gabigol. Criticados após a derrota para o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, foram importantes no triunfo no Paraguai.
No caso do camisa 9, expulso diante do Colorado após ironizar a arbitragem, foi eleito o melhor do jogo depois marcar dois gols, dar uma assistência para Vitinho e participar do lance que gerou o tento de Arrascaeta. Artilheiro do torneio sul-americano, ele usou também as redes sociais para, em tom de brincadeira, responder. Além disso, apontou a experiência de Renato como fator para a “virada de chave.”
“Acho que muita [contribuição do Renato]. Sabemos que o Flamengo é muito cobrado, mas vamos perder. Até os melhores times do mundo acabam perdendo. Claro que não queremos perder de quatro, como foi, mas vai acontecer. A gente torce para que não aconteça sempre. A gente sabe da nossa qualidade, a gente assume o protagonismo, sempre vamos querer ter a bola, fazer gols, mas tem dias que não vai acontecer. Temos de consertar os erros, melhorar e pensar na próxima partida”, disse. Mais do que a vitória, a resposta veio com goleada, com uma atuação semelhante às que o time vinha apresentando neste início de trabalho de Renato. O comandante adotou um discurso parecido sobre o Fla não ser imbatível, mas indicou aos torcedores que após resultados negativos, o elenco vai sempre trabalhar para que a próxima página seja escrita de forma diferente.
“O torcedor pode ficar tranquilo, porque trabalho não falta. Tenho procurado corrigir alguns defeitos, mas não vamos ganhar todos os jogos. O mais importante é que três dias depois entramos em outra competição, num jogo muito difícil, e a equipe voltou a ser o Flamengo. Foi um acidente de trabalho aquele jogo. Hoje a equipe voltou a jogar muito bem, criar, fazer gols e conseguimos um bom resultado nos primeiros 90 minutos”.
Expectativa por seleção
Destaque do jogo, Gabigol foi questionado sobre a expectativa para a convocação da seleção brasileira, que deve acontecer amanhã (13), quando Tite vai divulgar a lista para a rodada tripla de Eliminatórias da Copa do Mundo. A data ainda não oficializada, mas é trabalhada como tendência pela comissão técnica.
“Dividido não, Quando estou no Flamengo, vou dar a minha vida, como sempre. E quando estiver lá [seleção], também vou dar a minha vida. É minha seleção, minha pátria. Sempre uma honra ser convocado.”
