Folha dos servidores cresceu 79% em 4 anos; arrecadação, 45%

Aumentos aprovados por Silval Barbosa gerou caos financeiros e dificuldades para investimentos

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Em quatro anos, o custo da folha salarial dos servidores públicos de Mato Grosso cresceu 79%. Já a arrecadação, neste mesmo período, cresceu 45%.

Atualmente, a folha consome 81% da receita corrente líquida do Estado. Essa situação foi agravada pelas leis de cargos e salários, aprovadas pelo ex-governador Silval Barbosa, no final de sua gestão.

A “caixa de bondade”, que estourou na gestão seguinte, comprometeu o custeio da máquina pública, inviabilizando investimentos e a prestação de serviços básicos à população.

Se o custo da folha continuar a crescer na mesma proporção dos últimos anos, segundo fontes ouvidas pela reportagem, em pouco tempo o Estado terá recursos apenas para pagar salários.

Para se ter uma ideia da gravidade da questão, em 2014 o Estado teve uma receita líquida de pouco mais de R$ 11,3 bilhões. Desse valor, R$ 8,1bilhões foram utilizados para o pagamento de salários dos servidores.

Em 2018, apenas quatro anos depois, o valor gasto com a folha subiu para R$ 12,9 bilhões – e a arrecadação líquida foi de R$ 16 bilhões.

Ainda no ano passado, para o custeio do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública, o governo repassou ainda a quantia de R$ 600 milhões.

O reflexo disso é possível perceber em todos os setores do Estado, inclusive no pagamento do salário dos próprios servidores. Com um crescimento de receita inferior ao crescimento da folha de pagamento, já falta dinheiro para saldar os salários e também para quitar fornecedores e prestadores de serviços.

Atualmente o Estado tem a quantia de R$ 3,9 bilhões em restos a pagar, nesse rol também se encontra o 13º salário do servidor público, que não foi quitado em dezembro de 2018.

Entre os anos de 2014 e 2018 a inflação acumulada foi de R$ 30,91%.

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