Oito pessoas presas nesta quarta-feira (06), no interior do Estado, durante a Operação Caporegime, estão sendo conduzidas para Cuiabá e serão interrogadas nos próximos dias. (Veja a lista completa dos presos no final da matéria).
A operação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), investiga um grupo que atua no interior do Estado há aproximadamente 10 anos.
De acordo com o Gaeco, os alvos da operação são suspeitos de integrarem organização criminosa que atua no ramo de agiotagem. Eles teriam praticado diversos crimes, como tentativa de homicídio e extorsões.
Segundo o Gaeco, os líderes da organização seriam João Claudinei Favato, o seu filho, Caio Cesar Lopes Favato, e também o seu irmão José Paulino Favato. Os demais alvos são suspeitos de integrarem a “célula” de cobrança.
Até o momento, o Gaeco já identificou sete vítimas. O caso chegou ao conhecimento do grupo em agosto de 2016.
Conforme o Gaeco, durante as investigações, foi constatado que as vítimas pegavam dinheiro emprestado e pagavam juros de 4 a 5% ao mês. Na maioria das vezes, por não conseguirem honrar os compromissos, elas eram obrigadas a transferir bens com valores superiores ao da dívida contraída.
O Gaeco investiga ainda suspeitas de lavagem de capitais, entre outros crimes. Durante a operação, foram apreendidos cheques, contratos, dinheiro em espécie, armas, barras de ouro e flagrante por porte ilegal de armas.
Operação Caporegime
Caporegime (ou capodecina, também abreviado para capo) é um cargo de importância elevada na hierarquia de uma família da máfia italiana. O capo é o subchefe, esta abaixo apenas do Don (o padrinho) e do Consigliere (o conselheiro). Na operação deflagrada hoje, João Claudinei Favato seria o “Don”.
Durante a operação, foram cumpridas 23 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão. Todo eles foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá (Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado) e foram cumpridos nas comarcas de Sinop, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Marcelândia e Alta Floresta.
Além dos policiais Civis e Militares, promotores de Justiça e delegados de Polícia do Gaeco, a operação contou com apoio do Comando Geral da Polícia Militar. Quarenta e seis policiais civis e militares participaram das ações.
Veja a lista completa dos presos na operação:
João Claudinei Favato – prisão preventiva
Luis Lima de Souza – prisão preventiva
Edson Joaquim Luis da Silva – prisão preventiva
Luan Correia da Silva – prisão preventiva
Purcino Barroso Braga Neto, vulgo “Neto” – prisão preventiva
José Paulino Favato – prisão temporária
Caio Cesar Lopes Favato – prisão temporária
Clodomar Massoti – prisão temporária
Gaeco deflagra operação para prender 8 por extorsão e agiotagem