Gaeco prende donos de faculdades acusadas de vender diplomas em Cuiabá e VG

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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) deflagrou nesta quinta-feira (08) a segunda fase da Operação Zircônia, com o cumprimento de cinco mandados judiciais, incluindo prisões, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal da Capital.

Estão sendo apurados crimes de suposta organização criminosa especializada na oferta, ministração de cursos e emissão de diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de Ensino Superior sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC). Além dos crimes de estelionato, falsificação e uso de documentos públicos falsos e embaraço à investigação.

De acordo com o Gaeco, as três instituições investigadas estão com as atividades suspensas por determinação judicial.

De acordo com o Gaeco, as três instituições investigadas – Centro Universitário Poliensino Ltda ME, IEP Instituto Educacional Polieduca Brasil Ltda ME (Polieduca Brasil) e VHER Cursos Educacionais Ltda EPP (MC Educacional) – estão com as atividades suspensas por determinação judicial. Dos cinco mandados judiciais expedidos, três são de prisão preventiva em face dos sócios das instituições de ensino investigadas, um refere-se a busca e apreensão domiciliar e o outro de intimação para audiência de justificação.

Para dar ares de legalidade e enganar estudantes que decidiam fazer algum curso ou especialização oferecida por eles, o grupo criminoso utilizava o Uninter e até fazia festas de formatura num hotel de Cuiabá para que os alunos não descobrissem que na verdade estavam sendo vítimas e recebendo diplomas falsificados após pagarem cerca de R$ 7 mil por cursos superiores e de pós-graduação.

Dos cinco mandados judiciais expedidos, três são de prisão preventiva em face dos sócios das instituições de ensino investigadas, um refere-se a busca e apreensão domiciliar e o outro de intimação para audiência de justificação.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) é integrado por membros do Ministério Público Estadual, da Polícia Civil e da Polícia Militar.

A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 27 de maio com o cumprimento de cerca de 50 ordens judiciais. São mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas, suspensão de atividades e aplicação de medidas cautelares diversas à prisão, como uso de tornozeleiras.

A operação tinha como alvo integrantes de uma suposta organização criminosa especializada na oferta, realização de cursos e emissão de diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de ensino superior sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC).

Foram encontrados indícios da utilização fraudulenta do nome de outras instituições de ensino superior na emissão de diplomas e históricos escolares falsos.

Na época, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande e um no estado de Minas Gerais. Também ocorreu sequestro judicial de oito veículos dos investigados e bloqueio de contas bancárias no montante de R$ 910 mil. A

operação cumpriu ainda notificação judicial de medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas de monitoração eletrônica (tornozeleira eletrônica).

Zircônia é uma pedra muito parecida com o diamante. A diferença entre as duas é difícil de ser identificada por pessoas que não são especialistas no assunto, a exemplo das instituições investigadas na operação.

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