Um empresário do ramo de investimentos afirmou ter sido mais uma das vítimas da “Gangue do Rolex”, que aborda pessoas nas avenidas de Cuiabá.
A vítima, que preferiu não se identificar por segurança, disse que o crime ocorreu na última quinta-feira (5) e o relógio levado custava cerca de US$ 40 mil, equivalente a mais de R$ 200 mil.
O empresário disse que estava no carro, uma Mercedes, parado no congestionamento da rotatória do Bairro Santa Rosa, na Capital. Era pouco mais de 16h quando o criminoso, em uma motocicleta e com uma mochila do IFood, se aproximou e bateu no vidro do veículo.
Como estava distraído com o celular, o empresário se assustou e assim que olhou pela janela viu que o assaltante usava uma arma cromada para bater no vidro. Na sequência, o bandido falou: “Passa o relógio, passa o relógio”.
O empresário disse que sempre anda com uma arma no carro, mas naquela ocasião a pistola estava no porta-luvas, pois mais cedo precisou guardá-la para levar a filha na escola. Mesmo assim, tentou alcançar a arma, mas a ação foi percebida pelo assaltante, que disse: “Não reage senão você vai morrer. Abaixa o vidro, só quero o relógio”.
O empresário afirmou que o motociclista parecia estar “desesperado”, por isso resolveu entregar o Rolex. Ele ainda informou que estava com um anel e uma pulseira de ouro, mas o assaltante não quis os acessórios.
A vítima, então, abaixou o vidro da Mercedes e entregou o Rolex, momento em que o motociclista pegou o acessório de luxo e fugiu entre os veículos parados no congestionamento.
Ele não registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, alegando não ter conseguido visualizar a placa da motocicleta usada no crime. Porém, como medida de segurança, o empresário cobriu todo o carro de insulfilm para evitar ser visto dentro.
“Também ando com a pistola debaixo da perna, infelizmente, porque se um dia acontecer de novo vou estar preparado”, disse.
O empresário disse acreditar que o ladrão que roubou seu Rolex é o mesmo que roubou o empresário Ricardo Arruda, no Centro de Cuiabá.
Os crimes ocorreram com uma diferença de um dia. No caso de Arruda, o ladrão levou um relógio avaliado em R$ 75 mil e uma pulseira de ouro, em R$ 50 mil.
Apesar de ocorrerem em pontos de diferentes da Capital, o modus operandi do roubou foi semelhante e o criminoso descrito pelos empresários tinham as mesmas características.
Além desses dois casos, foi relatado pelo delegado Guilherme de Carvalho Bertoli, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), que anteriormente já havia sido registrado um roubo consumado a uma vítima, que teve o relógio levado em um assalto no trânsito, e uma ocorrência de tentativa de roubo, que não se consumou.
A Polícia Civil segue investigando os casos denunciados e citou a importância do registro do boletim de ocorrência para ajudar a identificar os criminosos.