Aliado de primeira hora do governador Mauro Mendes e uma das lideranças do União Brasil em Mato Grosso, o suplente de senador Fábio Garcia não acredita que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), renuncie ao mandato para disputar o governo do Estado nas eleições de outubro.
Garcia deve assumir a presidência do União Brasil, resultado da fusão do DEM com PSL, em Mato Grosso.
“Duvido que abandone a mamata e o poder que a Prefeitura de Cuiabá oferece no seu mandato. Se ele [Emanuel] deixar o poder, corre o risco de ser preso”, declarou em entrevista ao FolhaMax.
Em live transmitida pelo Facebook na noite desta terça-feira (8), o prefeito Emanuel Pinheiro declarou que vai tirar férias a partir de segunda-feira (14) para discutir composições políticas partidárias que possam inseri-lo na disputa eleitoral para disputa do Palácio Paiaguás.
Outro nome cotado para concorrer ao governo do Estado pelo bloco de oposição seria o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
A iniciativa da formação de um bloco de oposição liderado pelo prefeito, na avaliação de Fábio Garcia, não tem condições de prosperar.
“Um projeto de oposição liderado e articulado por um prefeito corrupto, um bandido, que coloca dinheiro público no bolso do paletó nasce desmoralizado e natimorto”, disse.
Adotando uma linha bastante crítica, Fábio Garcia ainda diz que a participação de Emanuel Pinheiro compromete a imagem da oposição na disputa eleitoral.
“Se a oposição tiver os mesmos princípios e modus operandi de seu líder maior, não será um projeto político, mas uma organização criminosa, de uma quadrilha organizada para assaltar os cofres públicos”, criticou.
“Esse prefeito transformou a saúde pública em um cabide eleitoral para eleger o filho deputado federal. Não é digno de construir um projeto a Mato Grosso”, concluiu num ataque ao deputado Emanuelzinho Pinheiro (PTB).
“A população não esqueceu o afastamento de sete secretários, corrupção na Educação e Procuradoria Geral do Município. Um senhor que tem a coragem de colocar dinheiro do paletó e pagar dívida com esmeralda falsa não tem condição moral nenhuma”, avaliou, lembrando as operações policiais no Palácio Alencastro.