O governo Jair Bolsonaro manteve o sigilo de cem anos ao processo interno do Exército que decidiu não punir o general Eduardo Pazuello pela participação em um ato político ao lado do presidente, em maio de 2021.
As informações são da Folha, que pediu acesso ao processo. A justificativa para a negativa é que a divulgação dos documentos representa risco aos princípios da hierarquia e da disciplina no Exército.
O ex-ministro da Saúde, que hoje é assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, esteve em um palanque com Bolsonaro após um passeio de moto com apoiadores, no Rio de Janeiro.
De acordo com o regulamento disciplinar do Exército, é vedada a participação de militares da ativa em atos políticos. A decisão de não punir Pazuello foi do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, após pressão de Bolsonaro.