São quase dois meses que a jornalista Rosemeire Velasco convive com a angústia de não saber o que houve com seu filho, o chef de cozinha João Guilherme Velasco Pereira, de 25 anos. No dia 28 de abril, o jovem foi assassinado em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) e até o momento, ninguém foi preso.
Segundo Rose Velasco, como é conhecida, as investigações seguem em andamento e a Polícia Civil continua fazendo depoimentos, além de colher provas técnicas. O delegado do caso, Braúlio Junqueira, também não repassou mais novidades. Sem notícias, ela chegou a solicitar audiência com o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
Na reunião, o secretário garantiu que o caso será esclarecido. “Já houve a audiência e a garantir de que o caso será sim solucionado, que a equipe que está atuando em Sinop está preparada e se dedica diariamente a esse fato”, disse Rose.
Sem respostas sobre os autores e motivação do crime, a jornalista faz um apelo para que a sociedade colabore com o andamento das investigações.
Uma simples informação, como um nome ou endereço, pode afagar as dores de uma mãe que perdeu o filho. De acordo com Rose, as pessoas podem denunciar anonimamente pelos telefones 197 ou 181. Nenhum dado do denunciante é informado, inclusive, a pessoa pode fazer a ligação sem se identificar.
“Tanta demora cria uma angústia e ela é diariamente vivida por nós da família. Mas a gente acredita que não existe crime perfeito, em algum momento será descoberto. A sociedade tem que colaborar, porque as pessoas sem querer acabam acobertando os autores do crime, e agindo dessa forma, a própria sociedade acaba fomentando esse tipo de prática”, explica.
Outra questão que a jornalista traz à tona é sobre a Lei Estadual 11.078, de 10 de janeiro de 2020, que dispõe sobre o pagamento de recompensa por informações que auxiliem os órgãos de segurança estaduais nas investigações criminais.
“É importante as pessoas colaborarem de forma anônima. A pessoa que pode estar colaborando vai ter todos os dados protegidos, e se constatada que a informação procede, vai ajudar na solução do saco e ela é recompensada”, disse.
O caso
Gastrônomo era um dos cozinheiros do restaurante Chalé do Italiano e foi morto no dia 28 de abril. De acordo com as informações, a polícia foi acionada por volta das 22h15, quando o corpo da vítima foi encontrado caído na rua. Ele tinha ao menos duas perfurações de arma de fogo na cabeça, indicando entrada e saída da bala.