Indústria é flagrada usando chip para furtar R$ 2 milhões em energia em Cuiabá

Pão e Arte é suspeita de usar telefonia móvel para manipular consumo

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Um dispositivo eletrônico com chip telefônico, utilizado para a manipulação de consumo de energia foi identificado por peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), nesta quarta-feira (14.08). Ele estava instalado irregularmente ao sistema de medição de energia de uma indústria alimentícia – Pão e Arte – no Distrito Industrial, em Cuiabá.

O mecanismo era acionado por telefonia móvel (ligação ou SMS), manipulando o registro de consumo. “O dispositivo funcionava de tal maneira que, quando acionado via telefonia móvel, havia a abertura dos relés (interruptor), que impedia a passagem de corrente elétrica para o medidor, fazendo com que o medidor não registrasse consumo de energia da unidade consumidora. Para controlar o dispositivo é necessário ter os números telefônicos dos chips. O operador do dispositivo poderia controlar os períodos em que o medidor faria o registro do consumo e os períodos que o medidor não faria. O dispositivo foi retirado e será encaminhado a autoridade requisitante”, constatou o perito no laudo pericial.

A perícia foi requisitada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que conduziu o representante da indústria em flagrante após a constatação da fraude.  De acordo com a Energisa, a empresa deixou de faturar cerca de R$ 2 milhões em consumo de energia.

De janeiro a agosto deste ano a Gerência de Perícias de Engenharia Legal e Meio Ambiente realizou 70 perícias de furto de energia na capital e baixada cuiabana.

PÃO E ARTE

Fundada em 2000, a Pão e Arte é uma das principais indústrias do ramo no país. Atualmente, atua em 10  estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e Pará.

A empresa tem mais de 450 funcionários e uma das maiores frotas para distribuição dos seus produtos.

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