A Justiça acolheu manifestação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso e converteu a prisão domiciliar concedida a Ana Drieli Aparecida da Silva, alvo da Operação “Presente de Grego”, em preventiva. Beneficiada anteriormente com liminar concedida em Habeas Corpus, onde alegou a necessidade da prisão domiciliar para cuidar dos filhos menores, a investigada foi flagrada andando de bicicleta pelas ruas da cidade, inclusive em frente a sede das Promotorias de Justiça do município de Vera.
Na manifestação, o promotor de Justiça Willian Oguido Ogama ressalta que a indiciada não cumpriu a ordem de prisão domiciliar e vem circulando pelas ruas do município, deixando os filhos em desamparo. Pesam contra a investigada indícios de envolvimento com a prática de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa.
“As medidas cautelares diversas da prisão não se mostram suficientes no caso, vez que a acusada, em menos de uma semana após ter sido beneficiada com a prisão domiciliar, passou a descumprir o dever de permanecer em sua residência, o que, por si só, demonstra sua indiferença para com a ordem jurídica”, destacou o juiz Juliano Hermont Hermes da Silva, em trecho da decisão.
O promotor de Justiça afirmou que a própria população está indignada com a situação e alertou o Ministério Público sobre o descumprimento da decisão judicial. Após ter sido vista nas ruas dessa cidade, a própria população alertou esse órgão, em razão do inconformismo com o desrespeito às decisões judiciais, evidenciando que a investigada demonstra descaso com o Poder Judiciário, que lhe concedeu a substituição de sua prisão preventiva em domiciliar, mesmo se tratando de uma das maiores operações ocorridas nessa urbe”, destacou o promotor de Justiça.