Depois de 4 meses preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), o bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi solto ainda na noite de quarta-feira (26), horas após a decisão da Segunda Turma do Tribunal de Justiça conceder a liberação. Ele recebeu a tornozeleira eletrônica ainda na PCE e já está em casa.
Preso na Operação Mathus, que investigou ações de grupos criminosos que lavavam dinheiro através do jogo do bicho, Arcanjo usou a idade como argumento para a soltura. Segundo a defesa do bicheiro, aos 68 anos, Arcanjo já é idoso e apenas ele entre todos os acusados estava preso.
Durante a sustentação oral do habeas corpus de João Arcanjo Ribeiro, a defesa do “comendador” alegou que a manutenção da prisão é midiática, já que seu cliente é “famoso” por ter comandado o jogo do bicho durante anos em Mato Grosso, mas que cumpriu sua pena em regime fechado por isso e está com tornozeleira eletrônica.
Citando a inocência de Arcanjo, ele disse que durante as investigações não foram encontrados fatos relevantes que sustentavam a manutenção da prisão.
O advogado de João Arcanjo destacou que no mundo jurídico a liberdade é a regra, a exceção é a prisão. Ele ainda afirmou que no pedido de prisão foi usado exesso de linguagem e que duas coisas somente ligam Arcanjo ao jogo do bicho na atualidade, uma ligação feita para cobrar máquina que seria de cartão de crédito, segundo a defesa e outra cobrando o pagamento de fiança.