Vinny Marques Porto, 24, encontrado morto com sinais de tortura em Várzea Grande nesta segunda-feira (10), chegou a ser preso em novembro de 2021, ao ser flagrado com 0,955 gramas de maconha e R$ 411, no bairro Jardim Icaraí, na mesma cidade. No dia, ele confessou a prática de tráfico na modalidade ‘delivery’, mas foi solto em seguida por não ter antecedentes criminais.
Segundo a polícia, era noite quando a Força Tática fazia rondas pelo bairro e flagrou Vinny e mais um jovem de 24 anos próximo de uma casa. Quando eles flagraram a viatura, correram para uma região de mata.
Foi realizada a abordagem. Vinny estava com um tablete de maconha na cintura. Ele ofereceu resistência e precisou ser algemado. Aos policiais, contou que era responsável em guardar a droga e também pelo tráfico na modalidade delivery.
Detalhou o esquema da guarda da maconha, que deixava enterrada em locais ‘ermos’ de pouco acesso, para despistar a polícia. Lá, ele apontou outro local onde escondia droga, no Iate Clube, onde meio tablete foi achado.
Depois, a polícia chegou a ir até a casa do rapaz, onde nada foi encontrado. Relatou ainda que na região do Seis Campos havia mais droga enterrada, mas depois de algumas diligências, a equipe encontrou apenas os toneis, mas estavam vazios.
Ele foi preso, mas em decisão, o juiz Moacir Rogério Tortato decidiu em revogar o ato por considerar que a quantidade de droga apreendida não foi expressiva, além de não ter gravidade extrema na conduta de Vinny.
Ele alegou ainda que ele era réu primário. “Tais elementos, nesta ocasião, não permitem a observância das circunstâncias da prisão preventiva com relação ao autuado. Desta feita, concedo liberdade provisória ao autuado Vinny Marques Porto”, diz a decisão.
De acordo com as informações, o desaparecimento foi registrado no domingo (9). Família informou que o rapaz saiu de casa informando que iria recebeu um dinheiro, mas não retornou. O último contato foi 16h do dia 8.
Depois disso, o telefone só deu na caixa postal. Vítima saiu de bermuda jeans, chinelo e tinha tatuagens pelo corpo. Pai relatou que não era costume o filho sair sem dar notícias. , a polícia foi acionada assim que populares encontraram o corpo do rapaz jogado no local. Ele estava com as mãos e pés amarrados.
Também foi percebido sinais de tortura na vítima, que sofreu violência antes mesmo de ter sido alvejada por alguns tiros. Perto do corpo foram encontrados estojos de pistola calibre ponto 380.
Os estojos foram apreendidos, bem como bitucas de cigarro que estavam pelo local. O material pode ajudar na identificação dos suspeitos. O caso está com a Delegacia de Homicídios.
No momento em que foi encontrado, o corpo estava sem nenhuma documentação e foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). Mas, com base nas tatuagens, ajudaram na identificação.
A família esteve no local e reconheceu a vítima, que faria 25 anos neste ano. Pai do rapaz também confirmou a morte do filho mais novo por meio de um áudio aos amigos nas redes sociais. Ele pediu orações.