Juiz mantém acusado de matar ex e ex-sogro preso

Junior dos Santos Igesca foi preso em flagrante e será encaminhado para presídio na Baixada Cuiabana

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O juiz Luís Augusto Veras Gadelha, da Vara da Violência Doméstica da Comarca de Várzea Grande, converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante de Junior dos Santos Igesca, detido na noite de ontem por matar a ex-mulher Franciele Robert da Silva Igesca, de 33 anos, e o sogro, Aparecido José da Silva, 67 anos, no fim da tarde deste domingo.

Junior Igesca passou por audiência de custódia ontem. Na decisão, o magistrado destacou que estão presentes nos autos os indícios de prática de crime, inclusive com a confissão do suspeito. “Há, sem dúvida, prova da materialidade e indícios suficientes da autoria do crime, já que o indiciado, sem adentrar ao mérito, confirmou hoje em audiência que tentou matar o sogro Aparecido José da Silva (veioa óbito) e tirou a vida da sua ex-companheira Franciele Robert da Silva. No presente caso, a gravidade dos fatos imputados ao indiciado é patente e a conversão do flagrante em prisão preventiva é o único caminho a ser, por ora, trilhado por este Juízo”, diz trecho da decisão.

Na sequência, Gadelha destacou a gravidade do fato atribuído a Igesca. Nos autos, ainda não costava o óbito de Aparecido, que morreu apenas nesta segunda-feira num hospital particular.

O juiz citou que os fatos já desvendados identificam a periculosidade de Junior Igesca, frisando que a segregação cautelar é a medida que se impõe. “Nesse sentido, observo que a forma como foram praticados os crimes revelam a extrema periculosidade e frieza do indiciado, que, certamente por não aceitar a separação, ceifou a vida da ex-companheira a facadas na frente da sua filha, de apenas 12 anos de idade, e ainda tentou a matar o sogro, que tentou impedir o feminicídio. Deve o indiciado, portanto, permanecer preso durante a conclusão do inquérito policial e eventual instrução criminal para garantia da ordem pública em razão da gravidade em concreto da sua conduta”, concluiu o magistrado.

Com a decisão, Igesca será encaminhado para um presídio da Baixada Cuiabana.

Junior matou a facadas a técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, de 33 anos, na noite de domingo (06), em uma residência no bairro Jardim Glória 1, em Várzea Grande.

Na ocasião, o pai dela, de 67 anos, também foi esfaqueado pelo genro e encaminhado para o Pronto Socorro de várzea grande em estado grave. O idoso morreu na segunda-feira (06). Junior ainda tentou tirar a própria vida, mas acabou preso. A filha do casal de 12 anos presenciou o homicídio.

De acordo com informações do 4º Batalhão da Polícia Militar, uma equipe foi acionada às 17h55 para se deslocar ao imóvel onde pai e filha haviam sido esfaqueados. Já no local, os militares encontraram a mulher sem sinais vitais e o pai dela todo ensanguentado, porém consciente.

Os PMs também constataram que o autor do crime estava dentro do banheiro da residência e já havia cortado o pulso e o pescoço para tentar se matar. Ele estava bastante ensanguentado quando foi socorrido por uma equipe do Samu.

Já Franciele, os médicos socorristas confirmaram sua morte ainda no local. Uma das suspeitas é que o idoso foi esfaqueado ao tentar defender a filha. Esses detalhes da investigação são responsabilidade da Polícia Civil que apura os fatos.

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