Maioria dos autores de feminicídios tem parentesco com suas vítimas

A polícia identificou todos os homens suspeitos pelos 12 feminicídios cometidos de janeiro a março de 2021

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Todos os 12 suspeitos de terem praticado os crimes de feminicídio nos três primeiros meses do ano foram identificados pela Polícia Judiciária Civil (PJC-MT). A Superintendência do Observatório de Segurança Pública, vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), analisou o perfil dos autores, a partir da idade, o grau de parentesco com as vítimas, profissão e se são membros de organizações criminosas.

Dez suspeitos tinham grau de parentesco com as mulheres e dois não tinham. Cinco eram maridos/conviventes, um ex-marido/convivente, dois eram namorados das vítimas, um ex-namorado e um genro.

Cinco são pedreiros, dois fazem serviços gerais, um é estudante, um lavrador, um pintor automotivo e um aposentado. Os suspeitos têm idade entre 18 e 90 anos. Nenhum dos autores/suspeitos foram reconhecidos como membros de organizações criminosas.

Três dos suspeitos de feminicídio tinham filhos com as mulheres que mataram, deixando seis filhos órfãos da mãe. Um deles tinha 1 filho com a vítima, outro tinha 2 filhos e o terceiro tinha 3 filhos com a mulher que matou.

Como o crime de feminicídio passa pela construção social, não é um tema que deve ser combatido apenas no âmbito da Segurança Pública, mas também da Educação, Saúde, Assistência Social, geração de emprego e o empoderamento feminino, por exemplo.

“A gente incluiu uma análise do suspeito em nosso relatório porque entendemos que é importante para a política pública preventiva compreender o perfil do suspeito, dos homens que cometem o crime para que possa elaborar políticas públicas da prevenção contra esses possíveis feminicidas”, destacou a superintendente do Observatório de Segurança Pública, Tatiana Pilger.

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