Mais Uma:”Que se apure”, diz Emanuel sobre delação e dinheiro em motel

Alvo da Operação Sangria revelou que desvios na Saúde abasteceram campanhas eleitorais

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) defendeu que seja investigada a denúncia de que R$ 14 milhões – supostamente desviados da Saúde – teriam sido usados na campanha eleitoral do ano passado.

Em reportagem desta quarta-feira (27), o MidiaNews revelou que um alvo da Operação Sangria, em delação premiada, disse que o montante teria alimentado campanhas eleitorais de pelo menos dez candidatos em Mato Grosso.

A Operação Sangria investigou um esquema de monopolização dos serviços de Saúde tanto na Prefeitura quanto no Governo do Estado.

Um dos suspeitos teria sido eleito deputado federal. Na denúncia, ainda consta que o dinheiro desviado não era depositado em nenhuma conta bancária ou guardado em residência de um dos envolvidos, mas sim escondido na suíte de um motel na Avenida Beira Rio, na Capital.

“Li no MidiaNews. Acho que tudo deve ser investigado, nada deve ser escondido, e tudo deve ser transparente e investigado. Que se apure, investigue. E se houver responsáveis, que paguem no rigor da lei”, disse o prefeito, na tarde desta quinta-feira (28).

O delator, que atuou na Prefeitura de Cuiabá, deu detalhes sobre como o grupo suspeito operava o esquema e quem eram seus principais beneficiados.

Um núcleo da organização criminosa investia dinheiro em políticos com mandatos e em campanhas eleitorais, com o objetivo de fortalecer a organização.

Operação Sangria

Em duas fases, deflagradas em dezembro do ano passado, a operação desbaratou um esquema de fraudes em licitações e contratos das empresas Proclin, Qualycare e Prox Participações, firmados com o Município de Cuiabá e o Estado.

Durante a segunda fase da operação, a Delegacia Fazendária prendeu oito suspeitos, entre eles o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia; um de seus sócios na ProClin, Luciano Correa Ribeiro; e Fábio Liberali Weissheimer.

Também foram presos Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Fábio Alex Taques e Flávio Alexandre Taques da Silva, que ficou foragido e depois se entregou. Todos estão em liberdade.

Eles são réus em ação que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acusados de fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. O esquema, segundo as investigações, perdurou durante 14 anos.

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