O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, requereu ao ministro de Governo, general Souza Cruz, a liberação do Fundo de Apoio a Exportação (FEX), durante audiência no Palácio do Planalto, no fim da manhã desta quarta-feira (16).
Na reunião, o governador, que estava acompanhado da bancada federal e de quatro secretários de Estado, demonstrou a gravidade financeira pela qual o Estado se encontra.
Entre os fatos apresentados ao ministro está o atraso no pagamento de fornecedores e servidores públicos com restos a pagar na ordem de R$ 3,9 bilhões.
“Mostramos o problema que o Estado está passando e que é extremamente importante essa liberação para que o Estado consiga honrar e cumprir com obrigações básicas junto aos seus fornecedores, para não prejudicar e não comprometer de maneira irreversível o fornecimento de produtos e serviços essenciais à população”, afirmou Mauro Mendes.
Em decorrência dessa situação, o governador também informou sobre a questão do governo decretar o estado de calamidade nas finanças públicas estaduais. “Ele compreendeu isso e disse que vai dar um tratamento de urgência e celeridade nesses assuntos”, destacou o governador, que avaliou a reunião como “produtiva”.
Outro assunto apresentado ao ministro foi à importância do término da obra da BR 163 para o escoamento da safra, por meio do Porto de Miritituba, no Estado do Pará. Também foi abordada outra obra importante para o Estado que é a conclusão do asfalto da BR 158, no trecho de reserva indígena.
Acompanharam a reunião o senador Jayme Campos; os deputados federais Victorio Galli, José Medeiros e Neri Geller; e os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil), Gilberto Figueiredo (Saúde), Cesar Miranda Lima (Desenvolvimento Econômico) e Rogério Gallo (Fazenda).
Situação financeira
Atualmente, o Estado de Mato Grosso tem em restos a pagar com fornecedores e servidores públicos no valor de R$ 3,9 bilhões. Entre os débitos estão serviços médicos e hospitalares, locação de viaturas e fornecimento de alimentação aos reeducandos.
O Estado, por falta de recurso financeiro parcelou o pagamento dos servidores públicos, do salário de dezembro, com quitação prevista para o dia 31 de janeiro, além de não conseguir adquirir novos produtos e serviços, como a compra de medicamentos.