Ministério Público Federal denuncia cacique por corrupção passiva

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O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso ofereceu, denúncia contra o cacique Damião Paridzané e outras 26 pessoas no âmbito da Operação Res Capta. Caso as denúncias sejam aceitas, os acusados se tornarão réus e responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa majoradas, associação criminosa e crimes ambientais.

A Operação Res Capta foi deflagrada no dia 17 de março deste ano. Conforme a Polícia Federal, os agentes constataram que servidores da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em Ribeirão Cascalheira (900 km de Cuiabá), estariam cobrando valores de grandes fazendeiros da região para direcionar e intermediar arrendamentos no interior da Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé. Além da propina aos servidores, os quinze arrendamentos estariam gerando repasses de aproximadamente R$ 900 mil por mês ao cacique.

“Os arrendamentos eram instrumentalizados por contratos fraudulentos de parceria graças à articulação de liderança indígena cooptada e de servidores públicos que recebiam propinas para possibilitar a particulares o uso de áreas no interior da Terra Indígena para pecuária”, diz o MPF.

A primeira denúncia foi oferecida menos de um mês depois, no dia 11 de abril.

Assim como as denúncias, o Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado do MPF (Gaeco-MPF), em Mato Grosso, também propôs ações contra 19 pessoas pela prática de atos de improbidade administrativa, que resultaram em enriquecimento ilícito.

Foi proposta também ação civil pública pelo 1° Ofício da Procuradoria da República em Barra do Garças contra 16 pessoas que arrendaram áreas na Terra Indígena Marãiwatsédé.

O valor mínimo necessário para a reparação dos danos identificados, como custo de reflorestamento por hectare, foi fixado em R$ 11.917,76, baseado em laudos produzidos pela Polícia Federal.

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